A central nuclear de Zaporizhia, alvo de bombardeamentos de que Moscovo e Kiev se acusam mutuamente, está “totalmente desligada” da rede elétrica da Ucrânia após os danos das linhas de comunicação.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, referiu recentemente que a “Rússia colocou ucranianos e todos os europeus a um passo do desastre radioativo”.
Central nuclear de Zaporizhia está desligada da rede elétrica
Os dois reatores da central em funcionamento foram desligados da rede. Como resultado, as ações dos russos causaram um “shutdown” total da central nuclear de Zaporizhia da rede elétrica, pela primeira vez na sua história. Os incêndios na área da central térmica de Zaporizhia, localizada perto da central nuclear com o mesmo nome no sul da Ucrânia, provocaram duas vezes um shutdown da última linha de comunicação que liga o local à rede elétrica. O presidente ucraniano disse que geradores a diesel de emergência foram ativados para evitar um “desastre radioativo”.
O fornecimento de eletricidade à própria central nuclear, a maior da Europa, é feito a partir da central térmica, segundo o operador ucraniano Energoatom, que adiantou estarem “em curso operações para ligar um reator à rede”.
Durante semanas, Moscovo e Kiev acusaram-se mutuamente de vários bombardeamentos que visaram esta central nuclear, que tem seis reatores com uma capacidade total de 6.000 megawatts, e que está desde março sob controlo das tropas russas.
A Ucrânia também acusa a Rússia de armazenar armas pesadas na central nuclear de Zaporizhia e de a usar como base para ataques a posições ucranianas.
Os militares russos controlam a central nuclear de Zaporizhia desde os primeiros dias da sua intervenção militar na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro.