A ascensão da Xiaomi tem sido fantástica. A empresa, criada em 2010, entrou no mercado dos smartphones e, actualmente, é uma das fabricantes que mais smartphones vende em todo o mundo, muito por culpa dos seus excelentes dispositivos mas também, e mais importante ainda, pelos preços competitivos que a empresa pratica.
Depois dos dispositivos móveis, surgem algumas notícias que dão como certo que a empresa está próxima de entrar no fabrico de dispositivos inteligentes para a casa.
Na semana passada a Xiaomi anunciou ter desenvolvido um módulo inteligente que pode ser instalado por qualquer parceiro em qualquer um dos seus produtos, tornando-os assim dispositivos conectáveis.
Ao que tudo indica, este módulo terá um preço de 3,6 dólares (22 yuan) e poderá tornar qualquer frigorífico, máquina de lavar, ou até mesmo dispositivos de ar condicionado em dispositivos inteligentes.
Com este anúncio, a estratégia da Xiaomi fica muito clara: a empresa pretende utilizar os seus smartphones para ligar todos os dispositivos que o utilizador tem em sua casa, passando a serem controlados remotamente através de uma aplicação desenvolvida pela empresa.
Todas as grandes empresas de tecnologia a nível mundial estão a entrar neste mercado. A Apple no ano passado anunciou o HomeKit, que consiste num conjunto de ferramentas que permitem integrar o seu sistema operativo iOS com os tradicionais dispositivos que todos os utilizadores têm em casa. O mesmo aconteceu com a Google, que adquiriu a empresa Nest, fabricante de termostatos inteligentes.
E agora é a vez da Xiaomi, depois de se ter tornado num dos principais fornecedores de smartphones do seu país, no mês passado a empresa lançou um purificador de ar que pode ser controlado via smartphone. E este não foi o seu primeiro movimento.
Em Dezembro, a empresa investiu cerca de 200 milhões de dólares na fabricante de electrodomésticos chinesa Midea, de modo a, em conjunto, ser possível desenvolver projectos para dispositivos inteligentes.
Quanto ao seu módulo inteligente, a Xiaomi ainda não forneceu detalhes sobre as suas especificações técnicas, contudo o objectivo será baixar o seu custo para cerca 2,5 dólares já em 2015 e para 1,5 dólares em 2016.
Com certeza, que num futuro próximo vamos ouvir falar bastante da Xiaomi, não só no sector dos smartphones mas também no das casas inteligentes.
Por Hugo Sousa para Pplware