O processo que o FBI está a mover contra a Apple vai com certeza deixar uma marca profunda, seja qual for o seu desfecho. Mas a justiça norte-americana tem já outras vítimas debaixo de olho.
Depois de querer colocar um backdoor no iOS, prepara-se para ir atrás da sua próxima vítima. E os rumores apontam para que o escolhido tenha sido o WhatsApp!
Durante o fim-de-semana surgiram as primeiras informações de que o Departamento de Justiça norte-americano estaria a investigar o WhatsApp e a forma como cifra as suas mensagens.
Tido como inviolável e impossível de quebrar, este serviço que pertence ao Facebook pode agora estar na mira das autoridades, que depois de visarem a Apple, procuram agora resolver os problemas que têm com o WhatsApp.
Um novo caso na justiça norte-americana
Um juiz de um caso que decorre num tribunal americano, autorizou que fossem realizadas escutas. Mas estas revelam-se inúteis por estar a ser usado o WhatsApp, este serviço usa cifra de fim a fim. Esta cifra, que existe desde o início do serviço, está a tornar impossível aceder às mensagens.
Esta impossibilidade de aceder às mensagens está agora a levantar as mesmas dúvidas que o FBI teve quando foi atrás da Apple e tornam o WhatsApp como a próxima vítima destes processos e até da tentativa de controlar o acesso às mensagens trocadas neste serviço.
Os casos recentes, que chegaram a levar à prisão de um executivo do Facebook no Brasil, provam que está a ser difícil à empresa dar resposta aos pedidos da justiça quando é pedido o acesso às mensagens dos utilizadores.
A resposta do WhatsApp vem na cifra das chamadas de voz
Numa altura em que começa a ser avaliado pelo Departamento de Justiça norte-americano, o WhatsApp parece estar a preparar-se para aumentar a segurança nos seus serviços.
Os rumores surgidos dão como certo que nas próximas semanas as chamadas de voz no WhatsApp passem também a ser cifradas e apenas os intervenientes possam ter acesso a estas. Mais uma vez a empresa não conseguirá ter acesso ao que é transmitido na sua rede, por decisão própria.
Depois da Apple, tudo leva a crer que serão o Facebook e o WhatsApp as próximas vítimas da pressão e dos processos para que criem mecanismos para permitir o acesso aos conteúdos dos utilizadores. Resta saber se, tal como aconteceu no caso da Apple, vão ter a indústria a apoiá-los e a tentar impedir que estas medidas sejam forçadas.