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Vai comprar lâmpadas LED brancas? Conheça os riscos para a saúde

É já amanhã, dia 1 de setembro, que passa a ser proibida a comercialização, em toda a União Europeia (UE), de lâmpadas incandescentes de halogéneo. Como alternativa existem as lâmpadas LED mas estas têm efeitos na saúde das pessoas e animais.

Se está a pensar comprar lâmpadas LED brancas conheça quais os efeitos das mesmas.


As lâmpadas LED brancas dão mais luz, duram mais tempo e reduzem os custos com a fatura da eletricidade… mas trazem problemas!

Raul Cerveira Lima, especialista em poluição luminosa e professor na Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico do Porto, referiu à agência Lusa que as lâmpadas LED brancas, que têm vindo a ser publicitadas como o  “último grito” da iluminação, estão a tornar a noite cada vez mais dia. Tal cenário agrava a poluição luminosa e isso traduz-se também em problemas na saúde das pessoas e na vida de animais e plantas.

Segundo o especialista, as LED brancas, que “simulam o dia”, estão a transformar a “paisagem noturna” e a ser instaladas “sem qualquer ponderação sobre os seus efeitos” na saúde humana, nos ecossistemas e no ambiente.

O astrofísico refere que um dos principais efeitos destas lâmpadas é a perturbação no sono. A luz LED branca tem na sua composição um comprimento de onda azul muito pronunciado que agrava, quando comparada com outras luzes, a redução da produção de melatonina, a hormona do sono que é desencadeada à medida que escurece o dia. A privação do sono pode aumentar o risco de depressão, obesidade, diabetes e potenciar o cancro de origem hormonal (cancro da mama e da próstata).


Estamos a ficar sem noite! A culpa é da iluminação LED

Além da saúde humana, este tipo de lâmpadas afeta também as aves migratórias que, com o excesso de iluminação exterior, poderá desorientá-las e encandeá-las.  A Alemanha, conta, reduziu a iluminação pública porque o número de insetos estava a diminuir, um facto “inexplicável só pelo uso de pesticidas”. As aranhas “beneficiam temporariamente” da luz artificial, que atrai presas como os insetos.

A luminosidade difundida pelas lâmpadas LED brancas  afeta também a vida de espécies como os pirilampos, que não conseguem comunicar através da luz fosforescente que emitem naturalmente devido ao excesso de luz artificial, e das plantas, que não têm descanso noturno.

A estes efeitos, o especialista acrescenta o desperdício de energia e a emissão de mais dióxido de carbono para a atmosfera, uma vez que “a tendência tem sido pôr mais luz LED branca” nas ruas, em substituição da luz alaranjada das lâmpadas de vapor de sódio, porque “é mais económica”.

O especialista recorda que “a própria indústria reconhece alguns efeitos” da luz LED branca, com “vários fabricantes a suprimirem” a componente azul do seu espetro nos ecrãs de telemóveis e computadores.

Portugal é um dos países da Europa com mais poluição luminosa e um dos países onde a poluição luminosa mais tem crescido”, assinala, enumerando como razões o uso acrescido de lâmpadas LED brancas e a “falta de regulamentação” que defina os limites para a iluminação excessiva

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