Pelo menos para as pessoas de meia idade e mais velhas, navegar na Internet pode ajudar a exercitar o cérebro, de acordo um novo estudo.
O estudo da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) baseou-se em 24 voluntários com idades entre 55 e 76 anos, metade dos quais eram utilizadores experientes da Internet, informa a BBC.
Cada voluntário foi submetido a um exame cerebral enquanto realizava tarefas de pesquisa na Web e leitura de livros. Ambas as tarefas provocaram uma actividade significativa nas regiões do cérebro que controlam a linguagem, leitura, memória e capacidades visuais.
No entanto, a tarefa de pesquisar na Web activou adicionalmente outras regiões do cérebro que controlam o processo de tomada de decisões e o raciocínio complexo, mas apenas entre os que eram utilizadores experientes da Internet.
Segundo os investigadores, a Internet, em comparação com a leitura simples, disponibiliza um grande leque de escolhas que requer que as pessoas tomem decisões acerca daquilo em que vão clicar de forma a encontrar a informação relevante.
Os cientistas sugerem contudo que os internautas “novatos” obtiveram resultados diferentes dos mais experientes porque não terão assimilado as estratégias necessárias para efectuar correctamente uma pesquisa na Internet.
«Uma tarefa simples e quotidiana como pesquisar a Web parece melhorar os circuitos do cérebro nos adultos mais velhos, demonstrando que os nossos cérebros são sensíveis e podem continuar a aprender à medida que envelhecemos», afirmou o professor da UCLA Gary Small, que liderou o estudo. Ciberia