O confinamento apresentou-nos ao teletrabalho e há quem já não queira um emprego de outra maneira. Os profissionais estão de tal forma interessados nesta modalidade que as empresas começaram a usá-la como isco, aldrabando as condições.
O teletrabalho chegou com força, aquando da pandemia, impondo-se como a única alternativa à continuidade da atividade de muitos profissionais. De facto, estranhou-se durante pouco tempo e entranhou-se rapidamente, sendo, hoje, a modalidade preferida de muitos trabalhadores.
Pelo contrário, e apesar de o alegarem, nem todas as empresas veem o teletrabalho como a solução para a produtividade dos funcionários. Aliás, muitas insistiram no regresso ao escritório e espoletaram uma onda de descontentamento e demissões.
Conscientes de que o teletrabalho atrai talento, as empresas estão a usá-lo como isco e a mentir, na hora de comunicar as condições das vagas. Parece absurdo, mas a experiência partilhada por uma utilizadora do Reddit serviu de gatilho à revelação de muitas outras histórias.
A utilizadora u/meghanerd contou, através da rede social, que foi enganada por uma proposta falsa de teletrabalho. Explicando, a utilizadora partilhou que a empresa a contratou em modalidade de teletrabalho a tempo inteiro, sob disponibilidade de comparecer no escritório, quando fosse necessário.
Depois de todo o processo de seleção e de aceitar a oferta de emprego, começou a trabalhar, deixando sempre claro que estava interessada na modalidade de teletrabalho. Com o passar dos dias, o chefe começou a exigir a sua presença no escritório, às segundas, quartas e sextas, das 9h às 17h, ficando o trabalho remoto para as terças e quintas.
Conforme partilhou, a oferta de teletrabalho transformou-se num trabalho híbrido pouco flexível, quando o chefe se começou a refugir na cláusula que ditava que ela deveria comparecer no escritório “quando fosse necessário”.
Depois de a utilizadora u/meghanerd partilhar a sua história, não demorou até que outros utilizadores partilhassem a sua, dando voz a casos semelhantes: serem ludibriados com ofertas de teletrabalho.