… só esta semana!
Depois do mundo ficar a saber que o grupo terrorista Estado Islâmico usava a rede de mensagens Telegram para comunicar entre si, ludibriando as autoridades recorrendo à funcionalidade Secret Chats, o serviço já bloqueou 78 canais de mensagens esta semana. Afinal sempre havia fogo por detrás de tanto fumo!
Depois dos ataques que vitimaram centenas de pessoas em Paris e Beirute, uma app apareceu como denominador comum na comunicação da coordenação das operações: Telegram. Os operacionais do EI usaram a comunicação cifrada ponto a ponto, um facto que aparentemente foi uma novidade para os responsáveis do Telegram.
Em resposta, esta semana a empresa bloqueou 78 canais de comunicação em 12 idiomas do grupo terrorista, e deixou uma mensagem clara.
This week we blocked 78 ISIS-related channels across 12 languages. More info on our official channel: https://t.co/69Yhn2MCrK
— Telegram Messenger (@telegram) 18 novembro 2015
Ficámos incomodados em saber que os canais públicos do Telegram estão a ser utilizados pelo EI para espalhar a sua propaganda.
Estes bloqueios foram efectuados com base nos relatórios enviados pelos utilizadores.
“Todos os chats individuais e chats de grupos do Telegram são privados entre os seus participantes” declarou a empresa numa informação adicional publicada hoje. “Não tratamos quaisquer pedidos relacionados com eles. Mas conjuntos stickers, canais e bots estão disponíveis publicamente no Telegram.”
Os utilizadores podem reportar conteúdo “censurável” ou ilegal, enviando uma mensagem para abuse@telegram.org. A empresa anunciou ainda uma actualização para esta semana que irá ajudar a simplificar a função de reportar conteúdos.
Também esta semana, o grupo activista online Anonymous declarou guerra ao EI, prometendo ciberataques em massa. Contudo, a organização que o grupo terrorista demonstrou ter no ataque em Paris, suportado por um centro de apoio para o auxiliar na utilização de comunicações cifradas, deixou o Reino Unido em estado de alerta, que planeia criar esforços no sentido de lutar contra potencias ataques online do EI.