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TDT: Deco pede 42 milhões de euros à Anacom…

…de indemninzação pelos danos causados aos consumidores.

Foi há cerca de um ano e meio que se iniciou o switch-off (desligamento) do sinal analógico para dar lugar à TDT (Televisão digital terrestre). Passsado todo este tempo  ainda muito por fazer, pois são muitos os locais onde a TDT ainda apresenta deficiências na qualidade da emissão, afectando cerca de meio milhão de portugueses,

Nesse sentido a DECO intenta hoje uma ação contra a ANACOM e pede que a entidade reguladora seja condenada a pagar uma indemnização global de 42 milhões de euros pelos danos causados aos consumidores, sendo esta uma acção inédita em Portugal contra a entidade reguladora das comunicações.

A ANACOM ficou responsável por planear, acompanhar e fiscalizar a mudança da televisão analógica para a Televisão Digital Terrestre (TDT). Aquela entidade reguladora deveria garantir condições de continuidade de recepção do sinal, a um preço acessível e com o conhecimento pelos consumidores. Mas falhou em tudo.

Falhas da comunicação até ao serviço prestado

Apesar de a data para o fim das emissões analógicas ter sido definida a 19 de Março de 2009, só em 24 de Junho de 2010 foi aprovado o plano do apagão analógico. Para verificar as condições, a ANACOM selecionou 3 zonas piloto, todas no litoral. Mais grave: descurou os inquéritos aos consumidores, que revelavam uma população não preparada e deficiências na qualidade da emissão.

O plano de comunicação só foi aprovado um ano antes do apagão total, a 31 de março de 2011. As campanhas de informação foram alarmistas, mal concebidas e erradas: algumas referiam que bastava adquirir um descodificador, sem esclarecimentos para a cobertura via satélite. Perante este cenário e mesmo com os nossos alertas, a ANACOM manteve o calendário para desligar o sinal analógico.

Na subsidiação para a compra de equipamentos, a entidade reguladora estabeleceu valores e calendários desajustados. Os consumidores sem informação e os que já tinham adquirido aparelhos sem comparticipação foram prejudicados. Quem teve de investir na recepção via satélite gastou mais dinheiro, o que revela a falta de condições equivalentes para os consumidores.

Desde o processo de  switch-off (desligamento) do sinal analógico, a a Deco já recebeu  9000 queixas de consumidores.

O mapa oficial que indica a cobertura de sinal TDT continua a ser alterado e a ANACOM permite o reforço de cobertura via satélite em várias regiões do País, ao contrário do planeado. A má qualidade do serviço é o reflexo actual de todo o fracasso: o regulador efectuou poucas medições antes do desligamento total e concentrou os testes no litoral, prejudicando a população do interior, mais carenciada de um serviço de televisão. Apesar das ações posteriores ao apagão, os consumidores continuam a reclamar pelo deficiente sinal que recebem em suas casas.

A DECO considera que a ANACOM falhou e, porque tem o dever de proteger os interesses dos consumidores, deve ser condenada a indemnizar os que usufruem de TDT pelos danos causados, por acção e omissão, na condução do processo de migração da televisão analógica para a digital.

Qual a vossa opinião relamente ao serviço da TDT passado um ano e meio da sua implementação?


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