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Supercomputação pode ser enorme trunfo para Portugal

No que diz respeito a grandes centros tecnológicos, Portugal tem vindo a destacar-se. Guimarães tem supercomputador Deucalion instalado no Parque de Ciência e Tecnologia, AvePark e Sines terá um MegaCentro de Dados que será um dos maiores da Europa.

Um estudo recente revela que a supercomputação pode permitir “ganhos substanciais de tempo de simulação” e assim tornar a indústria portuguesa mais competitiva.


Um estudo realizado pela Universidade de Coimbra (UC) e pelo Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos (CENTIMFE), na Marinha Grande, provou que “o uso da supercomputação leva a ganhos substanciais de tempo de simulação, potenciando ganhos de produtividade e de competitividade no desenvolvimento de novos produtos na indústria, em particular nas indústrias de moldes e plásticos”.

O estudo foi efetuado no âmbito do projeto TOOLING4G, o primeiro projeto português com a chancela da iniciativa SHAPE da rede europeia de computação avançada PRACE (Partnership for Advanced Computing in Europe), revela a Lusa.

A rede PRACE visa demonstrar as vantagens da utilização de recursos de Computação de Alto Desempenho (HPC, do inglês High-Performance Computing), vulgarmente designada supercomputação, para resolução de problemas industriais complexos, em particular das pequenas e médias empresas (PME).

O caso de estudo focou-se numa simulação de dinâmica de fluidos computacional com interesse para a indústria de moldes e plásticos, nomeadamente no desenvolvimento de uma nova geração de sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado (AVAC) para automóveis, muito mais silenciosos do que os atuais, garantindo um maior conforto acústico aos utilizadores, revela a UC.

As simulações realizadas no supercomputador Navigator Plus do Laboratório de Computação Avançada da UC pelo CENTIMFE demonstraram grandes ganhos de tempo.

A simulação em computação tradicional com quatro cores demoraria 74 dias, no Navigator Plus, usando 64 cores, o processo foi concluído em seis dias (144 horas), exemplifica a UC

Pedro Vieira Alberto, diretor do Laboratório de Computação Avançada da UC, considera que a utilização da supercomputação nas PME nacionais “cria novas competências na área em Portugal, uma vez que, atualmente, para efetuar este tipo de cálculos sofisticados, a indústria tem de recorrer a empresas estrangeiras”.

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