Estudo realizado pela deco Proteste
Para conhecer a experiência e a utilização de quem artilhou a sala com um televisor da era smart, pedimos a opinião a 1682 consumidores de Portugal, Espanha, Itália, Bélgica e Brasil, em setembro último.
Termos como smart TV, 3D e tecnologia LED são cada vez mais habituais nas lojas portuguesas. Se não conhece o conceito, a smart TV permite utilizar aplicações, tal como nos telemóveis, através de um portal do fabricante (ligado por cabo de rede ou Wi-Fi) ou nalguns casos a navegação integral na Net por browser. Estes televisores também estão preparados para reproduzir ficheiros quando ligados a outros aparelhos na mesma rede (computadores, ou tablets, por exemplo). Pode ainda instalar widgets, atalhos de aplicações e descarregar jogos.
Porquê comprar se não utiliza? O televisor até pode parecer inteligente, mas os telespetadores tardam em aproveitar as novas funcionalidades. Os portugueses inquiridos pagaram, em média, 958 euros por este equipamento. Mas o nosso inquérito revela que o televisor é utilizado sobretudo para visualizar os canais tradicionais. As atividades online são uma espécie rara. A maioria dos inquiridos comprou um televisor inteligente para substituir o antigo e usa-o da mesma forma: quase 83% dos inquiridos afirmam assistir apenas aos programas habituais.
Televisor novo, hábitos antigos Mais de um terço utiliza este equipamento para ver gravações de emissões televisivas. E poucos usufruem, de facto, do potencial online da smart TV. Navegar e usar as aplicações da Net é muito raro entre as atividades principais.
Na avaliação das funções exclusivas da smart TV, os resultados são dececionantes. Os pontos menos apreciados pelos inquiridos estão precisamente relacionados com a navegação na Net. É o caso da facilidade de escrita no navegador, aplicativos e função cloud computing.
Neste capítulo, os critérios mais apreciados são a qualidade da imagem, a definição das cores, o brilho do ecrã e o funcionamento. Na verdade, nenhum está associado às novas possibilidades desta tecnologia.
Zoom nas preferências A marca mais presente na sala dos portugueses é a Samsung (58% dos lares). Leva uma grande vantagem face às que se seguem: LG e Sony com respetivamente 15 e 13% das respostas. Uma diagonal de ecrã com 40 polegadas e a tecnologia LED completam o retrato-tipo mais popular. Na loja, em média, os inquiridos pagaram 958 euros pelo televisor inteligente.
O inquérito não revela grandes diferenças entre marcas em matéria de satisfação. No quadro, mostramos as pontuações atribuídas pelos inquiridos aos critérios essenciais. Nenhuma marca se distingue da concorrência.
Deixe-se guiar pelos resultados dos nossos testes e pense três vezes antes de investir num televisor. Nos testes, avaliamos estas novas possibilidades, mas valorizamos sobretudo uma boa qualidade de imagem, som e consumos moderados. Conseguimos assim recomendar bons modelos e muito mais baratos.