Lista com nomes, números de telemóvel e emails de procuradores do MP foi ontem tornada pública.
O movimento Anonymous Portugal assinalou o 40.oºaniversário do 25 de Abril com um ataque informático, pelo menos, à Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa e ao Sistema de Informação do Ministério Público. Ambos os sites ficaram inativos e, pior do que isso, foram divulgados milhares de dados pessoais de magistrados e funcionários do MP.
“Isto é o descontentamento pela vossa inércia e cooperação com os marginais que têm levado Portugal a uma pobreza maior que há [sic] 40 anos atrás”, lia-se ontem à noite, numa mensagem publicada, alegadamente, pelo Anonymous Portugal, num dos sites onde o ataque foi divulgado.
Fonte oficial da Procuradoria-Geral da República limitou-se a afirmar que “o problema, à tarde, estava a ser solucionado”. A Polícia Judiciária estava em campo, tentando apurar a origem deste ato de pirataria informática.
O site Tugaleaks refere ter tido já acesso à informação.
O ataque logrou mandar abaixo o site da PGD de Lisboa e a plataforma de comunicação interna SIMP, aproveitando vulnerabilidades informáticas que permitiram ainda ao Anonymous sacar e divulgar a identidade completa de funcionários e procuradores do MP, nomes de utilizadores, senhas pessoais e números de telemóveis. Serão milhares os dados pessoais divulgados em diversos sítios da Net.
O grupo de piratas informáticos fez publicidade do seu ato em páginas, nomeadamente no Facebook.
Este ataque – apresentado como uma ação contra “as políticas capitalistas” e em defesa “de uma sociedade verdadeiramente democrática” – surge numa altura em que acaba de ser aprovada, em Conselho de Ministros, a criação do Centro Nacional de Cibersegurança.
O mesmo grupo efectuou ainda uma alteração à página do SIMP – Sistema de Informação do Ministério Público – onde colocou uma página dedicada ao 25 de Abril afirmando que”[i]sto é o principio de uma exposição” e “[i]sto é o descontentamento pela vossa inércia, e cooperação com os marginais que têm levado Portugal a uma pobreza maior que à 40 anos atrás”, refere o site Tugaleaks.
via JNTugaleaks