À medida que os dias vão passando, mais informações vão sendo conhecidas sobre o que se passou afinal com o já popular Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP).
Em resposta ao despacho do primeiro-ministro António Costa, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) assumiu falhas na rede SIRESP, entre sábado e terça-feira, no teatro de operações de combate ao incêndio de Pedrógão Grande.
Foi às 19h45 de sábado que foram registadas as primeiras falhas do SIRESP. A informação consta da carta enviada pela ANPC a António Costa e que está disponível aqui, no Portal do Governo.
Poder-se-á inferir que, desde as 19:45 do dia 17 de junho até ao dia 20 de junho, se verificaram falhas na rede SIRESP no Teatro de Operações. Por forma a minimizar as falhas da rede SIRESP, foram utilizadas as comunicações de redundância, nomeadamente, REPC – Rede Estratégica de Proteção Civil e ROB – Rede Operacional de Bombeiros, conforme se pode constatar na fita do tempo do sistema SADO (Sistema de Apoio à Decisão Operacional)
Para tentar minimizar as falhas do SIRESP, a ANPC solicitou duas estações móveis. No entanto, a estação móvel pertencente à GNR estava inoperacional e a outra afeta à PSP estava em reparação.
O presidente da ANPC refere que o incêndio de Pedrógão Grande foi registado no dia 17 de junho, às 14:43, “com uma evolução muito rápida em todo o teatro de operações (TO), com excepcional necessidade de recurso às habituais redes de suporte às comunicações operacionais, SIRESP e ROB”.
De acordo com o registo no SADO (Sistema de Apoio à Decisão Operacional), as primeiras falhas ao nível das comunicações, inclusive na rede GSM [de comunicações móveis], são registadas pelas 19:45 [de sábado]. Após esta hora, existem vários ‘reports’ de dificuldades sentidas ao nível global das comunicações, designadamente entre o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria e o Posto de Comando Operacional (PCO), instalado em Pedrógão Grande e entre este e os operacionais no terreno”, adianta o presidente da Proteção Civil
Na carta pode ler-se ainda que a falha do SIRESP “fez-se sentir, sobretudo, ao nível do comando e controlo das operações, por não permitir, em tempo, o fluxo de informação entre os operacionais e o posto de comando”.
Perante a resposta da Protecção Civil, relativamente às falhas do SIRESP, o primeiro-ministro António Costa pediu já o “cabal esclarecimento do ocorrido” junto da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, e admite que poderá ser “relevante para o inquérito em curso”.
Sabia que…
Suportado numa rede TETRA trunking digital, o SIRESP permite, através da definição de grupos de conversação, que cada entidade o utilize como a sua rede privativa, independente das restantes, mas também, em caso de necessidade de coordenação, que todos os grupos que concorram para a resolução de uma determinada situação de emergência sejam facilmente colocados em conversação, de acordo com regras pré-definidas ou a serem estabelecidas em cenários não previstos.
O SIRESP é composto por:
- 502 torres de comunicações que servem um universo de 53 500 utilizadores
- 6 comutadores de tráfego
- 53 salas de despacho
- 2 estações móveis de reforço com sistema de comunicação via satélite
Como ser solidário?
Atualmente são várias as ações de solidariedade que estão a decorrer em Portugal e no mundo. Deixamos aqui algumas formas de também fazerem parte desta causa.
- Telefonema SIC: 760 100 100
- Telefonema RTP: 760 200 600
- Conta da União das Misericórdias e do Montepio: IBAN PT 50 0036 0000 99105922157 78
- Conta da Caixa Geral de Depósitos: IBAN PT50 0035 0001 00100000 330 42
- Conta do Santander Totta: IBAN PT50 0018 000344832368 020 39
- Conta da UGT: IBAN PT50 0033 0000 45507607619 05
- Conta Millennium BCP: IBAN PT50 0033 0000 45507587831 05
- Conta do Novo Banco: IBAN PT50 0007 0000 0034046195023
- BPI e Fundação La Caixa: