Desde que o Note7 foi apresentado que está nas bocas do mundo. Ultimamente porque explode ao carregar, porque explode e destrói outros bens das pessoas e porque é uma ameaça efectiva e até as companhias aéreas tomaram medidas em relação a este problema.
Não há, contudo, danos físicos nas pessoas a lamentar, felizmente, mas é bizarro que um equipamento deste género possa criar uma tão grande sensação de insegurança. Até agora a Samsung ainda não havia explicado, exactamente, o que se passa com as baterias. Sabemos que é algo com as células das baterias… mas mais nada. Pressionada, a empresa sul-coreana já explicou em pormenor a origem do problema.
Considerando que esta é a primeira vez que um caso destes é elevado a perigo para o utilizador, a uma escala massiva, não é de admirar que muitos utilizadores se tenham revoltado e exigido à empresa que pormenorize o que está na causa do problema. Felizmente, a Samsung detectou o problema e tomou medidas de imediato, após suspender as vendas e ordenar uma recolha mundial dos equipamentos, agora deixa a público a informação do problema num documento no site do Reino Unido da empresa:
Baseado na nossa investigação, detectámos que há um problema com a célula da bateria. Um aquecimento extremo da célula da bateria acontece quando o ânodo entra em contacto com o cátodo, o que é um erro muito raro no processo de fabrico.
Em resumo, as duas áreas da bateria nunca deveriam entrar em contacto uma com a outra, mas entraram. Numa bateria normal, há um separador que assegura que o ânodo (negativo) e o cátodo (positivo), que são os terminais por onde flui a corrente, não se tocam, e este erro no processo de fabrico das baterias permitiu que fosse o suficiente para haver passagem de corrente entre os terminais, o típico curto-circuito. Como foi um erro produzido em massa, as consequências são imprevisíveis.
Tais falhas de fabrico são apontadas a um típico erro humano. Neste caso, a calibragem das máquinas poderia ter sido feita de forma errada na produção de algum modelo destas baterias, causando um defeito no separador interno das células, este poderia ser mais curto que o que era suposto. Também não está fora de questão a potencial deterioração acidental dos materiais de separação (por meio de factores como uma alteração na temperatura ambiente).
Para já, sabe-se que os casos são mais que os 35 reportados pela empresa no início deste mês, e que o impacto pode ser muito maior do que inicialmente se apregoou. Continua a haver urgência em tratar do assunto, recolhendo todas as unidades que estão no mercado, evitando assim problemas mais graves.