Várias empresas da Coreia do Sul, onde se incluiu a Samsung, estão a ser citadas por uma equipa independente de procuradores por terem sido pressionadas a fazer doações a organizações relacionadas com a amiga da chefe de Estado, em troca de um tratamento favorável das autoridades, segundo informações veiculadas em comunicado.
Há fortes suspeitas dos crimes de suborno, tráfico de influências e abuso de poder.
Segundo informações do JN, o Ministério Público da Coreia do Sul tem fortes suspeitas que a presidente da Coreia do Sul foi conivente com a sua amiga Choi Soon-sil para obter subornos da Samsung e de outras empresas.
As conclusões foram tornadas públicas hoje por uma equipa independente de procuradores, depois de 3 meses a investigar o caso de corrupção que envolve Choi Soon-sil e na qual se volta a referir a presidente Park Geun-hye como suspeita de vários crimes. Segundo os investigadores, Park e Choi estiveram de acordo para pressionar a Samsung e outros grandes conglomerados empresariais sul-coreanos com a intenção de obter doações a organizações relacionadas com a amiga da chefe de Estado, em troca de um tratamento favorável das autoridades, afirmaram em comunicado.
Os dados escrutinados nesta investigação levam a concluir também que a presidente sabia de toda a orgânica deste esquema, sabia mesmo da criação de uma lista negra de quase 10 mil artistas e profissionais do mundo da cultura críticos do Governo, concebida com o objetivo de cortar as suas vias de financiamento público e privado.
O Ministério Público concluiu então que a presidente Park é suspeita dos crimes de suborno, tráfico de influências e abuso de poder, entre outros, no âmbito do caso de corrupção que envolve a sua amiga Choi. Park tem imunidade legal devido ao cargo que ocupa como presidente do país, agora a sua destituição está nas mãos do Tribunal Constitucional, do qual se espera uma decisão a respeito nos próximos dias.