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Roubaram-lhe a bicicleta? A tecnologia pode ter ajudado…

Na vida há coisas que pensamos que só acontecem aos outros! No entanto, quando menos se espera, lá estamos nós envolvidos numa situação que já aconteceu a várias pessoas mas que desta vez nos calhou a nós.

O ladrão entra, sem bater à porta ou simplesmente esperou-nos num local por onde já passámos várias vezes! Será que neste mundo estamos a ser vigiados? Claro que sim!


É verdade, ontem tive a infelicidade de me roubarem a bicicleta e parece que naquele momento passamos a desconfiar de tudo e de todos. Não é para menos! O assaltante entrou no meu prédio, rebentou com a porta da garagem e simplesmente roubou a bicicleta de estrada que estava por lá. Ninguém viu nada, e apenas havia vestígios de arrombamento do portão da garagem.

Rapidamente fiz circular pelas redes sociais tal acontecimento e algumas fotos da bicicleta que, também rapidamente, chegaram a todo o mundo. Recebi mensagens de todo o lado mas alguém, desconhecido até então, alertou-me para a tecnologia. Sabem aquela “coisa” que se chama privacidade (digital) e para a qual estamos sempre a alertar mas que na verdade quase não fazemos nada?

A tecnologia pode ter ajudado no furto

São raros os desportistas que hoje em dia não registam e publicam as suas atividades nas redes sociais. Criamos uma conta nas plataformas (ex. STRAVA) e de imediato começamos a registar os nossos treinos e performances para depois partilhar com os nossos amigos (e não amigos). Esquecemo-nos é de configurar a parte da Privacidade.

Por exemplo, achariam estranho que alguém, através do STRAVA, soubesse onde é a vossa casa, quantos quilómetros tem a vossa bicicleta, o vosso ritmo cardíaco, por onde andaram ou onde andam (há plataformas que registam em tempo real o percurso) e até com quem foram? Se correm também é possível saber muita coisa, por exemplo, quantos quilómetros têm já a vossas sapatilhas. Bem-vindos ao mundo da tecnologia, em especial ao mundo social digital!

Ontem alguém me alertou para esse facto (eu sei que devia ter feito… mas não fiz) e daí a escrita deste artigo para alertar muitos outros desportistas que usam estas “bonitas” plataformas mas que podem ser perigosas e que contêm muita informação do que fazemos.

E a moda do Relive?

O Relive é uma plataforma que permite transformar as nossas aventuras desportivas numa animação 3D. O Relive tem suporte para as plataformas Strava, Garmin e Polar. Ali o “ladrão” pode facilmente ver por onde andamos, de onde saímos e onde paramos, as nossas fotografias (inclusive fotografias da bicicleta e equipamento)… a tecnologia simplifica tudo!

O que fazer (no Strava)?

Poderia dizer que a primeira coisa seria abandonar este tipo de plataformas mas se calhar muita coisa deixava de ter a sua piada e era uma atitude demasiado radical. No caso do Strava, usado por milhões de desportistas, podemos ir às Configurações> Privacidade e ajustar os vários parâmetros disponíveis.

O melhor mesmo é desativar tudo e não permitir que acedam ao nosso perfil… mas cada um deve decidir o nível de privacidade que pretende.

Não conheço a fundo outras plataformas de registo de atividades desportivas, mas procurem por Privacidade e aproveitem o momento para rever as vossas definições.

Bicicleta roubada… trancas à porta?

Depois do furto (e até antes) há algumas coisas que devem/podem fazer. Aqui ficam algumas dicas e esperamos as vossas dicas também:

Esperamos que este artigo ajude a proteger ainda mais os nossos bens e que seja um espaço para partilharem outras histórias e dicas.

Já vos aconteceu alguma situação destas? Como resolveram?

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