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Redes Wi-Fi podem provocar alergias? Podem sim!

Hipersensibilidade electromagnética, já ouviu falar?

Provavelmente sim, mas para quem não conhece, este distúrbio consiste num conjunto de sintomas alérgicos causados alegadamente por campos electromagnéticos. E um dos exemplos mais simples do que pode causar este conjunto de sintomas é simplesmente uma rede Wi-Fi.

É disso que lhe vamos falar neste artigo.

Mesmo sem a aprovação da comunidade médica e científica, Mariane Richard, uma francesa de 39 anos, conseguiu arrecadar uma pensão de invalidez por um período de 3 anos, num valor de 500 libras, aproximadamente 687 euros, depois de ter afirmado em pleno tribunal que seria alérgica a redes Wi-Fi.

Os tribunais franceses, ao longo destes anos, têm vindo a recusar pagar prestações de invalidez a pessoas que sofrem de sensibilidade electromagnética, mas a verdade é que, depois de Mariane ter alegado que sofre um extremo desconforto na presença de dispositivos móveis, televisores e até mesmo redes Wi-Fi, este magistrado, tomou uma decisão que pode vir a mudar o rumo destes acontecimentos, tendo mesmo Mariane afirmado que esta decisão foi uma grande conquista não só para ele mas também para muitos que sofrem deste mesmo distúrbio.

Quanto ao seu dia-a-dia, Mariane decidiu mudar-se e tem vivido há já algum tempo numa espécie de celeiro, onde não existe qualquer possibilidade de contacto ou exposição às já tradicionais redes Wi-Fi.

E mesmo, como já referimos anteriormente, sem ser reconhecido pela comunidade médica e científica, este distúrbio, segundo a Organização Mundial de Saúde, é caracterizado por uma variedade de sintomas não muito específicos. A maioria das pessoas que sofre de sensibilidade electromagnética padece de sintomas como vermelhidão, formigueiros, sensação de queimaduras, fadiga, cansaço, náuseas, entre muitos outros.

Em contrapartida, e segundo o Bob Park, professor na Universidade de Maryland, nos Estados Unidos da América a radiação emitida pelas redes Wi-Fi não é suficiente para causar qualquer mudança no organismo que possa vir a causar doenças, afirmando mesmo que o maior problema é que a nossa sociedade, que muito por culpa da evolução tecnológica tem muito pouca educação.

Mas a verdade é que o caso de Mariane não é único, e podemos ter como exemplo a Suécia, que em 1995 reconheceu a hipersensibilidade electromagnética como um comprometimento funcional, a Espanha que concedeu uma reforma por invalidez à ex-funcionária pública do país Minerva Palomar em 2011 ou até mesmo o Canadá ou os Estados Unidos na América, que ao longo destes últimos anos têm vindo a criar centros de diagnóstico especializados.

Acha que a hipersensibilidade electromagnética existe? Ou existe apenas na cabeça de algumas pessoas?

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