John McAfee parece ter uma resposta exacta para esta questão.
Desde que foram divulgados os primeiros 40 milhões dados pessoais do site de infidelidade Ashley Madison, que o grupo hacker “Impact Team” era apontado como o autor do crime.
Contudo, para John McAfee o Ashley Madison nunca foi atacado por nenhum grupo de hackers: os dados foram roubados por alguém dentro da empresa com acesso directo a toda a informação.
O criador do anti-vírus McAfee publicou um artigo no International Business Times durante esta semana, onde revela claramente que o Ashley Madison não foi alvo de pirataria como até então se julgava.
Segundo John McAfee, o crime foi cometido por uma antiga funcionária da empresa Avid Life Media, empresas que detém o site de relacionamentos extraconjugais.
Sim, é verdade. O Ashley Madison não foi hackeado – os dados foram roubados por uma mulher, por conta própria, que trabalhava na Avid Life Media.
Começa por revelar John McAfee no seu artigo.
McAfee terá analisado criteriosamente os dados roubados com auxílio de um supercomputador e verificou que o padrão relativo aos dados roubados não corresponde de todo ao padrão de dados roubados por hackers, mas, garantidamente por alguém com acesso directo.
Sem revelar como detectou a identidade da autora do crime, McAfee garante que se percebe que o trabalho foi feito por uma pessoa que já trabalhou dentro da empresa.
Os anos de experiência do detentor do anti-vírus em analisar falhas de segurança, fazem com que “consiga reconhecer um insider a 100%”, e os mais de 40 GB de informação disponível na Web foram suficientes.
Os dados recolhidos através da intensa pesquisa feita por McAfee foram bastante claros quanto ao facto de o autor do crime ter um avançado conhecimento quanto às tecnologias existentes no seio da empresa, o que facilitou o roubo dos dados.
Devido à forma como o responsável do crime escreve os manifestos, McAfee tem poucas dúvidas quanto ao sexo do autor, garantido que é uma mulher.
Qualquer engenheiro social teria percebido isso facilmente. […] O sinal mais revelador foi uma declaração onde chama os homens de “canalhas” (scumbags).
Além de “scumbags” foram utilizadas outras expressões como “cheating dirtbags”, por norma, expressões utilizadas apenas por mulheres.
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