A declaração de Estados em Emergência em Portugal fez disparar as compras online. Milhares de família começaram a fazer compras apenas online e, numa fase inicial, foram muitos os problemas dado o fluxo de pedidos.
De acordo com o Portal da Queixa, o comércio eletrónico alcançou números recorde nas reclamações.
Apesar de antes da pandemia as estruturas digitais de comércio parecerem funcionar bem, a verdade é que mesmo o comércio eletrónico não estava preparado para este aumento significativo de clientes e foram muitas as falhas registadas. De acordo com um comunicado do Portal da Queixa, desde o início da pandemia, foram registadas 6056 reclamações, um recorde em termos de números.
De acordo com Pedro Lourenço, CEO do Portal da Queixa…
As marcas não foram capazes de se adaptar rapidamente para fazerem face à procura resultando numa crise de reputação do setor sem precedentes. As [marcas] não estavam minimamente preparadas para este volume de encomendas
Encomendas extraviadas ou entregues em moradas erradas, reembolsos tardios, problemas em contactar em entidades foram alguns dos problemas registados.
“Lista negra” das reclamações ao Portal da Queixa
Segundo os dados do Portal, a entidade que obteve mais reclamações foi os CTT/CTT Expresso com 2652 reclamações. Seguiu-se a MEO com 1161 e na terceira posição a dpd com 1122 reclamações.
Os consumidores reclamaram dos produtos indisponíveis, não entrega de todos os artigos adquiridos e alterações nos meios de pagamento. Tivemos também reclamações de incumprimento dos prazos de entrega e ruturas de stock comunicadas tardiamente noutros bens, como vestuário e calçado, bens eletrónicos e brinquedos