Portugueses fazem em média , no espaço de 6 meses, 8 compras online por pessoa, gastando uma quantia média de € 427 por pessoa e um total de €1,630 milhões.
Os estudos de mercado apontam para um crescimento das compras online por parte dos portugueses. Esta tendência mostra claramente uma maior confiança no acto da compra e, acima de tudo, uma oferta mais diversificada e com preços atractivos.
A Associação do Comércio Electrónico e da Publicidade Interativa (ACEPI) apresentou os resultados do mais recente Estudo Mediascope Europe/ACEPI 2012 sobre os hábitos de consumo online na Europa.
Segundo Alexandre Nilo Fonseca, Presidente da ACEPI “os resultados do estudo Mediascope/ACEPI 2012 em relação a Portugal mais do que darem conta do extraordinário desenvolvimento do digital em Portugal, nas mais diversas áreas, convergem sobretudo para um aspeto da maior relevância: a internet está realmente a mudar os hábitos de consumo dos portugueses. Esta mudança, que no nosso país é muito expressiva, vem abrir-nos novos caminhos e oportunidades de desenvolvimento e crescimento das empresas, dos negócios e até mesmo dos setores. Se soubermos aproveitar esta oportunidade, a Internet pode constituir a pedra de toque da recuperação e da expansão da economia portuguesa nos próximos anos, a todos os níveis, facilitando grandemente o desafio da internacionalização que se impõe ao nosso país.”
Sobre o Estudo...
Este Estudo, que se realiza desde 2003, e é um dos documentos de investigação mais abrangente e completo sobre o tempo que os europeus dedicam aos diversos media (meios de comunicação social) e sobre a forma como utilizam a internet a nível dos conteúdos, comunicação e comércio, abrangeu este ano 28 mercados europeus (Europa Central e Oriental: Bulgária, Croácia, República Checa, Hungria, Polónia, Roménia, Rússia, Sérvia, Eslováquia, Eslovénia, Turquia e Ucrânia; Europa do Norte: Noruega Suécia, Dinamarca e Finlândia; Europa do Sul: Espanha, Itália, Portugal e Grécia; Europa Ocidental: Reino Unido, França, Alemanha, Bélgica, Suíça, Holanda, Áustria e Irlanda), e um trabalho de pesquisa baseado em 50.000 entrevistas que se realizaram em Fevereiro passado.O Estudo revela 4 grandes conclusões:
- A Internet está a ganhar um protagonismo crescente enquanto meio preferencial de consumo, em detrimento da televisão, da rádio e dos jornais;
- A influência da Internet nas percepções dos consumidores sobre as marcas e os produtos é cada vez mais relevante e tem espaço para aumentar ainda mais o seu poder;
- O acesso à Internet já não se faz apenas pela via tradicional do desktop. Cada vez há mais utilizadores a acederem através dos telemóveis, dos tablets e das consolas de jogos;
- Há cada vez mais pessoas a verem televisão e a utilizarem a Internet ao mesmo tempo, e o aumento do número de utilizadores de tablets irá reforçar ainda mais esta tendência.
Principais Indicadores do Estudo em relação a Portugal:
- 59% da população total de Portugal já está ligada à Internet, um crescimento de 14% nos últimos 2 anos.
- 5.1 Milhões dos utilizadores portugueses de Internet (57%) elegem o computador como o meio mais popular de acesso à web (51% desktop em casa e 79% laptop).
- Cerca de 1 milhão de portugueses revelou que acede à Internet através de um telemóvel (11% dos utilizadores portugueses) e a maioria (75%) fá-lo várias vezes por dia.
- Portugueses lideram ranking da utilização das redes sociais, quer para fins profissionais, quer pessoais, na Europa (95% Portugal; 81% Europa; 87% CEE).
- Entre Setembro de 2011 e Fevereiro de 2012 portugueses fizeram compras online no valor de €1,630M.
- Portugueses estão também na linha da frente a nível das compras online: 97% dos utilizadores portugueses recorre à internet para pesquisar informação sobre os bens que pretende adquirir, e 78% compra online.
- Portugueses fazem em média , no espaço de 6 meses, 8 compras online por pessoa, gastando uma quantia média de € 427 por pessoa.
- Viagens, roupa e acessórios, férias e bilhetes para espectáculos são os bens mais consumidos online pelos portugueses.
- Portugal lidera ranking da utilização do e-mail (+ 17% que em 2010) e dos sms na Europa: 100% dos utilizadores portugueses de internet revelaram que utilizam este método para comunicar (Europa 95% e CEE 93%), e 83% afirmarem que recorrem aos sms como forma privilegiada de comunicação(Europa 73% e CEE 79%).
- Os utilizadores portugueses revelaram que estão online 13.2h/semana (Europa 14.8 h/semana e na CEE 16.1 h/semana).
- 50% dos utilizadores portugueses de Internet que foram inquiridos afirmaram estar online durante o período do prime-time televisivo.
- Desde 2010 o número de utilizadores portugueses que ouve rádio online cresceu 42%.
- 47% dos utilizadores portugueses (48% Europa e 44% CEE) está ao online ao mesmo tempo que vê televisão, um aumento de 47% desde 2010.
- O número de utilizadores portugueses que vê televisão online situa-se nos 62% (Europa 67% e CEE 73%), e 86% (Europa 91% e CEE 96%) lê as notícias online.
- O poder de influência da Internet na escolha das marcas está a crescer, tendo 54% dos utilizadores portugueses inquiridos revelado que consideram importante a forma como as marcas comunicam no online, e 51% mencionado que a internet os ajuda a escolher melhor os produtos/serviços que desejam adquirir (51% na Europa e 53% CEE).
- Utilizadores portugueses são os que elegem em maior número a Internet como um meio privilegiado de contacto com os seus familiares e amigos (Portugal 75% dos utilizadores, Europa 63% dos utilizadores; CEE 64% dos utilizadores).
- 21% dos utilizadores portugueses possui um smartphone.
- 34% dos utilizadores portugueses visita novos sites todos os dias, sendo os sites das redes sociais e os das notícias os mais utilizados quer diariamente, quer mensalmente.
Este estudo é revelador de um comportamento saudável por parte dos portugueses, havendo critério de escolha, na hora de comprar e, acima de tudo, procurando os melhores negócios com base nos produtos oferecidos nos meios tradicionais em comparação com os preços online.
Além de cómodo, o processo de compra online traz também um elevado grau de segurança por os movimento são cada vez mais monitorizados por entidades fiscalizadoras e reguladoras deste mercado.