Em tempos ainda de pandemia e de conflitos, há também o problema da seca e é preciso tomar medidas ao nível das barragens. Os tempos que se vivem não têm sido fáceis e as previsões de futuro também não são animadoras.
Nesse sentido, o Governo determinou a suspensão temporária da produção hidroelétrica naquelas barragens. A medida vai suspender a produção hidroelétrica em 15 barragens nacionais.
Barragens: medida visa obter uma reserva estratégica de água
Numa resolução do Conselho de Ministros, publicada em Diário da República na terça-feira, o Governo criou “uma reserva estratégica de água nas albufeiras associadas aos aproveitamentos hidroelétricos”, em Alto Lindoso, Alto Rabagão, Alqueva, Castelo do Bode, Caniçada, Cabril, Paradela, Lagoa Comprida, Salamonde, Santa Luzia, Vilar-Tabuaço, Vilarinho das Furnas, Vendas Novas, Baixo Sabor (montante) e Gouvães.
O Governo determinou ainda a suspensão temporária da produção hidroelétrica nas barragens referidas, “até que sejam alcançadas as cotas mínimas da sua capacidade útil que venham a ser estabelecidas”. A reserva estratégica só deverá ser usada se estiver em causa a segurança de abastecimento elétrico.
Segundo a resolução desta semana, o objetivo da constituição de uma reserva estratégica é o de garantir que o” armazenamento nestas albufeiras atinja, pelo menos, uma capacidade correspondente a um acréscimo de energia elétrica armazenada de cerca de 760 GWh [gigawatts-hora] face aos valores globais atuais, distribuídos genericamente de forma proporcional pelos aproveitamentos hidroelétricos”.
Segundo refere o documento, “esta medida visa obter uma reserva estratégica de água equivalente a cerca de seis dias de consumo médio nacional, que apresenta relevância para a satisfação das pontas de consumo, dado que permite garantir a segurança de abastecimento do SEN em cerca de 45 dias”.