A mobilidade elétrica é uma realidade, mas há muitas variáveis para que seja perfeita. Recentemente, na internet, mais propriamente nas redes sociais, surgiu a informação que os navios elétricos da Transtejo são carregados por geradores a gasóleo. Será verdade?
Navios elétricos da Transtejo são carregados por geradores a gasóleo… temporariamente!
De acordo com o Polígrafo do SAPO, é verdade! A publicação nas redes sociais tem já milhares de reações e partilhas, tendo sido avaliada pelo Polígrafo.
Segundo o que foi revelado, a situação foi confirmada, primeiramente, pela Transtejo à SIC, a 17 de julho, com a empresa a ter explicado que “para que todos os navios possam estar ligados à corrente, de modo a cumprir as recomendações dos fabricantes, foi forçada a alugar os geradores em questão, apenas pelo período necessário à conclusão da empreitada do segundo posto de transformação, que deverá estar concluído em setembro”.
Até essa data, os cinco navios elétricos – de um total de 10 comprados no âmbito de um concurso lançado, em 2020 que se encontravam “no cais de Cacilhas já com baterias e em fase de testes” vão continuar a ser carregados com geradores a gasóleo.
A TTSL – Transtejo Soflusa refere que atualmente “nenhum dos 10 navios elétricos está ao serviço e a transportar passageiros”. Sobre o funcionamento dos 10 novos navios, que irão entrar em funcionamento em setembro, a Transtejo referiu que “têm um Sistema Elétrico de Propulsão, composto por vários módulos de baterias de iões de lítio, baseado em acumuladores e motores elétricos”. E que, quando “devidamente equipados com baterias”, estas embarcações “carregam de dois modos (carregamento rápido e carregamento lento”.
A propulsão dos navios é do tipo “Battery System”, baseado em acumuladores e motores elétricos, com capacidade suficiente de carga para permitir uma operação diária com carregamentos nos terminais fluviais.
No caso do carregamento lento, as embarcações “permanecem permanentemente ligados à corrente elétrica, a fim de manter as baterias carregadas e balanceadas”. É precisamente para dar resposta a esta necessidade que estão a ser utilizados os geradores a gasóleo. A empresa refere, no entanto, que esta “fonte de alimentação alternativa é utilizada apenas pelo período necessário à conclusão da empreitada do segundo posto de transformação”.