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Portugal: Drones a 6km dos aeroportos esta sexta-feira

Ontem dois drones paralizaram por completo o aeroporto de Gatwick, em Londres. Todas as descolagens e aterragens foram suspensas, por motivos de segurança e, de acordo com as informações, o aeroporto só deverá voltar a funcionar com normalidade a partir de hoje as 18h.

Em Portugal a Autoridade Aeronáutica Nacional proibiu a circulação de drones junto aos aeroportos, num raio de cerca de 6km.


A Autoridade Aeronáutica Nacional (AAN) informou que nos termos da Lei, por razões de segurança, foram criadas zonas de exclusão aérea nos Aeroportos de Lisboa (Humberto Delgado), do Porto (Francisco Sá Carneiro) e de Faro. As referidas zonas, com três milhas náuticas (cerca de 6Km) de raio, centradas nos respetivos aeroportos, estarão em vigor entre as 06H00 e as 18H00 do dia 21 de dezembro de 2018, e não afetarão a sua operação.

À TSF, o professor Eduardo Silva, do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), considera que a abrangência desta zona de exclusão pode ser acertada, mas tudo depende da autonomia dos aparelhos telecomandados.

Depende muito da velocidade e do raio de alcance da operação. Por agora parece-me bem, seis quilómetros é uma garantia porque que não existe, no mercado de uma forma generalizada, alguém que ‘tele opere’ a seis km. Se este voo for totalmente autónomo, seis, 20, 30, 50 ou 80 km é irrelevante: se eu quiser voar, se o meu drone voar autonomamente e tiver capacidade energética para fazer viagens acima de 80 km, é irrelevante. Se voar a 300 km/h, seis km são muito curtos. Se voar a 40 km/h, seis km já poderá ser interessante, dá-nos 20 minutos para o detetar“, explicou.

Eduardo Silva referiu também que os danos causados por um drone podem ser “tremendos”.

Drones com massas entre sete, oito, dez, 15 ou 20 quilogramas e, em termos de acidentes, se embaterem numa aeronave tripulada os danos podem ser tremendos”

O professor do ISEP referiu ainda que “Existem técnicas e condições para se desenvolver o equipamento apropriado para inibir ou limitar a operação de drones perto de aeroportos”…no entanto, para já não há nenhum solução chave na mão.

No futuro próximo, “daqui a dois anos”, poderá ser possível, depois de testar tecnologias, encontrar uma solução.

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