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Portugal com deteção ambiental e sísmica por cabos submarinos

Os cabos submarinos não servem apenas para comunicações. Em Portugal há um projeto inovador que deverá entrar em operação no 2.º trimestre de 2021.

O cabo submarino internacional de comunicações que vai interligar Portugal ao Brasil vai ter a capacidade de deteção sísmica no ramo entre o Funchal e Sines, sendo o primeiro sistema internacional no mundo a ser dotado desta funcionalidade.


Portugal vai ter um sistema com deteção ambiental e sísmica por cabos submarinos. Os dados sísmicos recolhidos deverão ser entregues, para armazenamento, processamento e estudo, à academia nacional e às agências e institutos públicos que estudam e abordam a atividade sísmica.

Cabos submarinos a 5000 metros de profundidade

A ANACOM tem dado particular atenção a este tema e está a seguir iniciativas que permitam aos cabos submarinos de comunicações virem a realizar deteção sísmica e ambiental (aquecimento global/alterações climáticas de acordo com os “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” da ONU), razão pela qual se congratula com o anúncio feito pelo futuro sistema submarino ELLALINK relativamente à Madeira e continuará a apoiar a utilização dos cabos submarinos de comunicações para a deteção ambiental e sísmica.

A deteção ambiental e sísmica, através da utilização destes cabos de comunicação, poderá ser possível através de variados métodos que se complementam e se confirmam, quer pela utilização de sensores submersos (deteção dita “molhada”), quer pela não recorrência à utilização de sensores submersos (deteção dita “seca”).

O novo anel de fibra vai também trazer uma maior velocidade nas comunicações entre Portugal Continental, ilhas e o mundo. Este sistema permitirá ainda promover a conectividade internacional do país, conferindo a Portugal “mais independência e possibilidade de escolha, com melhor qualidade e a melhores preços” ao nível das comunicações. Este anel de cabos submarinos terá 3500 quilómetros. Este equipamento ficará assente no fundo do mar, por vezes a mais de 5000 metros de profundidade e, estimam os especialistas, implicará um investimento de 119 milhões de euros.

 

ELLALINK

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