No âmbito de uma investigação sobre corrupção activa e passiva, a PSP realizou hoje buscar no Instituto de Mobilidade e Transportes (IMT), na Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, Automóvel Clube de Portugal,Polícia Municipal de Lisboa e na própria PSP.
De acordo com os últimos dados, foram detidas três pessoas e constituídos cinco arguidos.
Depois de em 2015 a Polícia Judiciária ter detido doze homens e duas mulheres, dos quais oito examinadores e seis proprietários e funcionários de escolas de condução, pela prática de crimes de corrupção e falsificação de documentos, agora o escândalo está associado à anulação coimas de trânsito e efeitos das mesmas.
De acordo com o DN, a investigação iniciou-se há um ano e meio e o objectivo da operação de hoje, levada a cabo pela PSP, era encontrar provas da prática de eventuais crimes de corrupção, falsificação de documento, falsidade informática, violação de segredo por funcionário e associação criminosa.
Esta fraude envolve agentes da divisão de trânsito da PSP, juristas, advogados, funcionários do IMT, da Polícia Municipal e do Automóvel Clube de Portugal que apagavam multas em troca de dinheiro.
Sabe-se ainda que a PSP, em colaboração com a Unidade de Telecomunicações e Informática da Polícia Judiciária, procedeu à investigação de segundas vias de guias de substituição que permitem aos condutores continuar a conduzir mesmo com a carta apreendida.