Há quem diga que os drones são hoje uma das principais ameaças aos aviões. No entanto, segundo dados da aviação civil, desde 2013 foram registados mais de 1150 casos de lasers apontados a aviões perto dos aeroportos nacionais.
De acordo com a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), em 2013 registaram-se 184 casos de lasers apontados a aviões. Em 2014 o valor de ocorrências subiu para as 289 tendo chegado às 290 em 2015.
Em 2016 o valor de ocorrências baixou para as 176 mas, este ano, até 26 de outubro a ANAC já tinha registado 215.
Quais os perigos?
O facto de ser apontado um laser a um piloto pode “cegá-lo por momentos”. Segundo a ANAC, tais situações acontecem em fases críticas, ou seja, no momento da descolagem da aeronave e também na fase de aterragem.
Comparando com outros países, Portugal encontra-se abaixo da média. De acordo com a ANAC, se considerarmos o Reino Unido constatamos que só em 2016 foram registadas mais de 1.500 ocorrências, o n.º que equivale a mais de 7 anos em Portugal.
Casos graves com lasers…
Um dos casos mais graves aconteceu em setembro de 2015, quando os pilotes de um Boeing 737-800, da companhia irlandesa Ryanair, foram “atingidos” por um feixe de laser tendo forçado mesmo a aterragem da aeronave no Aeroporto Francisco Sá Carneiro.
De acordo com as declarações da ANAC à Lusa, não há conhecimento de alguém que tenha sido condenado por este tipo de actos que pode dar origem a acidentes muito graves.