Os detectives da Polícia de Los Angeles conseguiram um método para desbloquear o iPhone pertencente à esposa do actor de “The Shield”, Michael Jace, que foi assassinada.
Aparentemente a Polícia de Los Angeles encontrou um método alternativo para contornar os mecanismos de segurança do iPhone branco 5S pertencente a April Jace, de quem o actor é acusado de matar na sua casa em Los Angeles no ano de 2014.
O desbloqueio ocorreu no início deste ano, durante o período em que o FBI exigia à Apple o desbloqueio do iPhone 5c do atirador de San Bernardino, Syed Rizwan Farook. Na altura o FBI confirmou que encontrou um outro método para desbloquear o telefone sem necessitar de recorrer à Apple.
O detective Connie Zych escreveu que, a 18 de Março, o departamento da Polícia de Los Angeles tinha encontrado um “perito forense em smartphones” que poderia ajudar a “desbloquear um iPhone” de acordo com a informação contida no mandado de busca.
O mesmo mandado não detalha o método utilizado pela polícia de Los Angeles para o desbloqueio do smartphone, nem a polícia revelou a identidade do perito. Também não está claro qual o sistema operativo que tinha o smartphone de April Jace.
iPhone é chave para desvendar crime
Esta acção da Polícia de Los Angeles chega em forma de aplicação da lei, na luta nos EUA para quebrar a criptografia e outros recursos de segurança nos dispositivos digitais que podem esconder possíveis provas em investigações criminais. O iPhone de April Jace tem estado no centro de todo este processo criminal contra o marido, que é acusado de a ter assassinado a 19 de Maio de 2014, de acordo com documentos judiciais.
Os investigadores argumentam que o actor e a sua esposa tinham discutido “sobre a sua relação”, através de mensagens de texto, pouco antes de ela ter sido baleada.
Os advogados do marido defendem que April Jace, cuja profissão era ser consultora financeira numa Universidade, estaria a ter um caso extraconjugal, relata a Associated Press. No início deste ano, os advogados do actor conseguiram convencer um juiz para atrasar o julgamento por assassinato, argumentando que o telefone da mulher morta deve ser submetido a uma pesquisa mais exaustiva do que aquela que estava ser inicialmente conduzida pela polícia.
iPhone foi bloqueado após morte da utilizadora!
Logo após a sua morte, o smartphone de April Jace foi bloqueado com uma palavra-chave, o que prejudicou o inquérito. Mas em 2015, um técnico da Apple foi ordenado por um juiz de Los Angeles para ajudar a polícia a extrair os dados da memória de armazenamento do telefone.
No final de Janeiro, um investigador, junto com o procurador público, tentou extrair dados do smartphone mas só obteve o conteúdo do seu cartão SIM. No mês seguinte, as autoridades tentaram inspeccionar o iPhone de April Jace, mas nem o conseguiram ligar, descreve o mandado.
Já em Março, os investigadores obtiveram a informação de que um perito forense em smartphones poderia desbloquear a protecção de segurança e deixar as autoridades aceder ao telefone.
Michael Jace, de 53 anos, está actualmente a aguardar julgamento. As autoridades alegam que aproximadamente às 20:30 no dia do crime, alguém ligou para a polícia através do seu telemóvel a informar que tinha disparado contra a sua mulher, matando-a. A polícia acredita que terá sido o próprio Michael Jace que efectuou aquela chamada.
Este é mais um caso complexo onde um iPhone está na berlinda. O paradigma das investigações hoje deparam-se com os smartphones como o local onde as pessoas têm tudo centralizado, onde a vida acontece.