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Pedrógão Grande: Mais de 4 mil notas destruídas foram salvas

A tragédia de Pedrógão Grande, onde morreram 66 pessoas e foram destruídas mais de 500 casas, aconteceu em 2017. Depois de cinco anos, mais de 4.000 notas destruídas nos incêndios de Pedrógão Grande foram ‘salvas’ pelo Banco de Portugal.

A maioria das notas valorizadas estiveram enterradas durante vários anos.


A recuperação de mais de 4.000 notas destruídas nos incêndios de Pedrógão Grande foi o trabalho que mais emocionou a equipa do Banco de Portugal, segundo revela um comunicado, mas a maioria do dinheiro esteve enterrado durante vários anos.

O que chega mais são pessoas que enterram dinheiro com a esperança de que fiquem iguais quando precisarem delas, mas quando as vão desenterrar percebem que os bichinhos e a humidade fazem o seu trabalho”, conta à Lusa o coordenador do serviço de valorização de notas que o Banco de Portugal tem no Carregado (concelho de Alenquer).

No complexo de alta segurança, onde estão guardadas as 173 toneladas de ouro numa casa-forte, há fabricação de notas (pela empresa Valora), se acumulam paletes de notas à espera das empresas de transporte de valores (que as distribuem pelos bancos e grandes superfícies) e onde existem um laboratório para análise de contrafações e um departamento de escolha e destruição de notas, há também um pequeno departamento que tem duas funcionárias (que podem ser mais em períodos de pico de trabalho) cujo trabalho é tentar ‘recuperar’ dinheiro estragado para devolver aos cidadãos dinheiro que, de outro modo, seria perdido.

Guardar dinheiro em casa é um hábito dos portugueses – seja em gavetas, em arrecadações ou enterradas – mas as notas são deterioráveis e muitas ficam estragadas pela humidade, com bolor, aparecem roídas por ratos ou são comidas pelos vermes da terra. Há ainda as que ficam destruídas em incêndios (geralmente domésticos).

De referir que o Banco de Portugal tem um serviço gratuito de valorização de notas: os cidadãos podem entregar o dinheiro estragado ou mutiladas nos postos do Banco de Portugal ou até enviar pelo correio.

Para que uma nota de euro seja valorizada, mais de 50% da superfície tem de poder ser reconstituída para que seja possível garantir a sua autenticidade pelos elementos de segurança (no caso das notas de escudo a regra eram 75%). Se a conseguirem valorizar, destroem a nota e pagam o valor correspondente. Já se as notas forem irreconhecíveis, são dadas como perdidas, destruídas e a proprietário não recebe qualquer compensação.

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