Por Jorge Lang South Europe Region Innovation & Market Growth Manager da Intel
Definitivamente os Wearable Devices vieram para ficar. Desde Smartwatches, a Smart Glasses ou Wearable Fitness Trackers, aquilo que, há sensivelmente 30 anos, não passava de ficção científica de um futuro distante é, agora, uma das tendências para 2014.
Esta afirmação ganha mais sentido quando, segundo o estudo do NFD Group, 52% dos consumidores já ouviram falar de Wearable Technologies e, deste grupo, 1 em cada 3 pessoas afirma ser provável adquirir um Wearable Device.
No entanto, e relativamente ao mesmo estudo, não são só as funcionalidades e características que importam para o consumidor aquando da escolha de um Wearable Device. O seu design é um factor a ter conta, como revelam 50% dos utilizadores em relação aos Smart Glasses, 42% em relação aos Smartwatches e 20% em relação aos Fitness Trackers.
Torna-se pertinente perguntar então qual a definição de Wearable Device. O termo classifica as tecnologias electrónicas ou computadorizadas incorporadas em peças de roupa e acessórios, podendo ser vestidos confortavelmente. As melhorias que esta tecnologia pode trazer à vida do utilizador são por demais evidentes.
Existem, porém, alguns obstáculos para que esta tecnologia alcance o seu máximo potencial. A sua relativa “infância” coloca os Wearable Devices ainda um pouco distantes do lugar de destaque que os smartphones têm enquanto equipamento móvel predilecto dos utilizadores.
A sua categorização de nicho corresponde também a um desafio – até há sensivelmente um ano, os Wearable Devices eram equipamentos que, pela sua utilização específica, estavam atribuídos apenas aos techno-geeks, fugindo assim a um grupo de utilizadores mais vasto, cujas características e desejos num equipamento vão para lá da sua competência técnica e específica.
É necessário, portanto, pensar. Não nos podemos esquecer que com os Wearable Devices, o Mundo que nos rodeia altera-se, tornando a tecnologia pessoal e facilmente utilizada e manuseada. Neste sentido, iniciativas como a “Make it Wearable” dão a oportunidade e a plataforma necessária para que essa reflexão seja bem-sucedida.
No fundo, esta iniciativa propõe a submissão de um vídeo de 1 minuto onde se explique o conceito para Wearable Device que o utilizador sugere. Será então avaliada, tendo em conta a sua criatividade e, mais importante, o seu potencial para afectar de forma positiva o Mundo. As ideias escolhidas serão seleccionadas para fases mais avançadas, onde parâmetros mais pormenorizados e rígidos ajudam a alcançar a melhor ideia.
O ponto mais importante é mesmo o impacto que poderá ter a nível pessoal na vida dos utilizadores. Desde equipamentos de desporto que motivam, monitorizam e impulsionam uma vida mais saudável, até equipamentos que melhoram a mobilidade, a audição, a própria qualidade de vida. O espectro é alargado e, de momento, não possui limites, apenas o da imaginação e criatividade.