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25 de Abril: o que é a liberdade sob a ameaça de uma guerra nuclear?

Comemora-se hoje os 49 anos do 25 de Abril. Uma data que para Portugal significou (e significa) liberdade, o fim da ditadura e a construção de uma nova sociedade. Contudo, hoje voltamos a estar debaixo de uma ditadura, sempre latente, ameaçadora e hasteada como uma bandeira do poder: o nuclear e uma guerra devastadora. Então, o que é uma liberdade quando, ao alcance de um botão, estamos prisioneiros no nosso próprio mundo?


A liberdade e o 25 de Abril

Voltando um pouco ao nosso 25 de Abril. A história de Portugal está marcada pela coragem das forças militares que na madrugada de 25 abril de 1974, ocuparam pontos estratégicos em Lisboa e derrubaram a ditadura do Estado Novo, implantada também por militares em 1926. Hoje, lembramos também a Ucrânia que luta para se libertar do invasor.

Para nós, a liberdade, conseguida nesse dia, derrubou o regime de ditadura que durante 48 anos oprimiu o Povo Português.

Nestas palavras estavam contidas as principais aspirações de milhões de portuguesas e portugueses. Aspirações que lhes frustravam a vida e consumiam o dia a dia, mesmo que a maioria nem se desse conta, de tão “catequizada” que estava. A “catequese” política, religiosa e social, indicativa de uma cultura geral intencionalmente acanhada e, por aí, absolutamente submissa. Ora, a ação vem do pensamento e a reação vem do sentimento…

Então, o 25 de Abril surgiu de um desejo muito restrito de ação, a que se seguiu uma reação alargada da sociedade portuguesa de então. Diria até que nem foi um movimento há muito sentido e desejado pela maioria dos que viriam depois a alinhar e a participar nele! (Antes, sim, houve alguns golpes falhados que tinham a intenção de derrubar o regime).

Não há uma guerra nuclear e ninguém a quer, mas…

Portugal está numa Europa que atravessa problemas de identidade, de fragilidades estruturais, até ao nível da sua própria consistência. Uns, um dia fazem parte de um acordo maior, mas no outro dia são um “Brexit”. Já outros militam na economia da UE e partilham ideais mais soviéticos, com um regime de “um pé lá, e outro cá”, conforme der jeito. Precisamos dos aliados do costume, estamos nas mãos dos “amigos” de sempre. Mas onde está então a liberdade?

A guerra na Ucrânia mostrou (desde quase há 10 anos) que ainda ronda as fronteiras da tal liberdade o imperialismo, o estado ditatorial, mas com comunicação moderna, propagada com mentiras antigas. A guerra não liberta, mata e condena não só um povo, mas o mundo. De todos os lados surgem conflitos, tomadas de posição radicais, centelhas que podem facilmente incendiar um rastilho perigoso, aliás, o botão está sempre lá… uma guerra nuclear.

Não há liberdade, eventualmente uma pseudo-liberdade de consumismo ideológico. Se não for como os senhores da guerra querem, então “o mundo poderá acabar”. E o que não faltam são exemplos.

Contra os canhões… lutar… lutar!

 

A Portuguesa

Heróis do mar, nobre povo, Nação valente, imortal, Levantai hoje de novo O esplendor de Portugal! Entre as brumas da memória, Ó Pátria, sente-se a voz Dos teus egrégios avós, Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas! Sobre a terra, sobre o mar, Às armas, às armas! Pela Pátria lutar Contra os canhões marchar, marchar!

Hino Nacional: A Portuguesa.

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