Os Google Glasses eram suposto ser uns óculos futuristas cheios de tecnologia, capazes de substituir o smartphone nalgumas funcionalidades e levar a liberdade ao utilizador com outras funções inovadoras.
Embora esta “intenção” soe a realidade, até porque o projecto existe e há quem o use, o facto é que os relatórios cyborg-like eyewear da Reuters mostram que este tipo de dispositivos estão a morrer.
Embora a Reuters não pareça ter qualquer evidência de que o projecto foi “arquivado”, acção que a Google nega, a agência não pintou um quadro de surpresa sobre o actual desinteresse na tecnologia.
Nove dos dezasseis programadores de apps para o Google Glass, que a Reuters contactou, disseram que abandonaram os seus projectos, incluindo um developers que que ganhou 10 mil dólares pelos seus esforços.
“The Collective, Glass” uma instituição de financiamentos de risco, que serviria para apoiar o desenvolvimento de apps para o Google Glass, também desapareceu silenciosamente. Três dos funcionários-chave da Google também já abandonaram a empresa. Além disso, uma fonte avançou à Reuters que o lançamento ao consumidor do Google Glass foi adiado, lá para 2015…
Ainda assim, a Google afirma que o lançamento ainda vai acontecer, mais cedo ou mais tarde. “Nós estamos tão comprometidos como nunca para o lançamento ao um consumidor. Isso vai levar tempo e não vamos lançar este produto até que esteja absolutamente pronto“, referiu a Google à Reuters.
E embora o Google Glass não tenha tido uma presença de palco splashy na Conferências de Developers Google I/O deste ano, a empresa não o abandonou exactamente lá. Na verdade, a Google pode estar à procura de novos cenários de utilização do Glass em locais de trabalho: a Taco Bell e KFC estão a considerar a possibilidade do Glass poder ser usado para ajudar a treinar os seus funcionários.
Convenhamos que tudo está “contra” o Google Glass: o preço é excessivamente caro para o consumidor considerar ter um dispositivo e ter igualmente um smartphone, pois sem ele o Glass é quase inútil, a sua adaptação ao dia a dia é difícil e traz grandes inconvenientes e a autonomia também diminui consideravelmente uma utilização extensa e sem restrições.
Assim, mesmo sem dados oficiais, o projecto parece de facto condenado ao insucesso.
[Reuters]