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NSA recolheu quase dois milhões de mensagens de texto por dia

A cada dia que passa o escândalo da NSA não pára de crescer. É numa base quase diária que são apresentadas novas evidências e novas informações da forma como a NSA agia e a que ponto conseguia chegar para recolher informação sobre os cidadãos Norte-Americanos e não só.

A mais recente informação disponibilizada dá conta de que esta Agência recolheu milhares de SMS’s por dia, para recolher informação vital para as suas operações.

A nova informação sobre as actividades da NSA foi apresentada ontem pelo jornal The Guardian e apresenta a forma como esta Agência recolhia e processava perto de 200 milhões de mensagens de texto por dia.

O caricato desta informação é que os SMS’s recolhidos eram de fontes aleatórias, não sendo a recolha dirigida a alvos específicos.

A recolha foi alargada a números fora dos Estados Unidos, havendo indicação de ter sido recolhida informação do Reino Unido e de outros países.

As SMS’s recolhidos permitiam obter informação muito diversificada sobre os seus donos, indo desde a localização geográfica até a transacções monetárias ou contactos.

Alguma da informação recolhida incluía ainda nomes, números de telefone e imagens. Os tipos de mensagens recolhidas iam desde mensagens de bancos e outros serviços sobre transacções financeiras, informações detalhadas sobre convites para reuniões e mensagens que as operadoras enviam quando fronteiras são passadas e passamos para outras redes. Havia ainda acesso a informação sobre chamadas perdidas, palavras-passe e cartões SIM.

Os registos dos utilizadores eram eliminados após algum tempo e a apresentação obtida dá a entender que a informação de outros países era guardada por um período de tempo maior.

O sistema fazia a recolha de forma quase aleatória e não se limitava aos alvos, chegando a obter informação sobre indivíduos que não estavam a ser monitorizados pela NSA.

Era composto por duas partes, o sistema de recolha, de nome Dishfire, onde era obtidos os SMS’s, e o Prefer, que fazia a análise automática da informação recolhida.

A informação era depois disponibilizada, não apenas à NSA mas também á sua congénere do Reino Unido, a GCHQ, que realizou pesquisas e recolha de informação sobre utilizadores do Reino Unido.

Mais uma vez, a informação que deu origem a esta notícia foi baseada nos documentos que Edward Snowden disponibilizou e que deram origem a todo este escândalo. A informação relativa a este caso concreto pode ser vista na sua totalidade aqui.

É muito provável que este caso ainda esteja longe de ser revelado em toda a sua extensão e que muito mais informação surja relativa à forma de actuação e às capacidades que a NSA.

A cada novo caso a opinião pública vê a extensão da acção desta agência e a forma como agia, recorrendo a ferramentas e métodos muitas vezes difíceis de imaginar e implementar.

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