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Nord Stream: “Ataque terrorista” contra a União Europeia?

O Nord Stream consiste numa série de gasodutos para transporte de gás natural através do Mar Báltico. A Suécia detetou duas explosões submarinas, “muito provavelmente devido a detonações”, perto dos locais onde foram detetadas fugas nos gasodutos que transportam gás russo para a Europa.

O alerta para que os navios fiquem longe da zona afetada já foi dado.


Detetadas duas fugas de gás no Nord Stream 1

Uma primeira “emissão maciça de energia” de uma magnitude de 1,9 foi registada na noite de domingo às 02:03 locais (01:03 em Lisboa), no sudeste da ilha dinamarquesa de Bornholm, disse Peter Schmidt, da Rede Nacional Sísmica Sueca, à agência francesa AFP, segundo revela a Lusa.

O Instituto Sueco registou uma segunda ocorrência de magnitude 2,3 às 19:04 locais de segunda-feira (18:04 em Lisboa), no nordeste da ilha.

As autoridades dinamarquesas e suecas detetaram fugas no gasoduto Nord Stream 1, que a Rússia encerrou no início de setembro, e no gasoduto Nord Stream 2, que nunca foi posto em funcionamento devido à falta de autorização da Alemanha, na sequência da invasão russa da Ucrânia. Apesar de não estarem operacionais, os dois gasodutos estavam cheios de gás.

A Ucrânia acusou hoje a Rússia de responsabilidade pelas fugas nos gasodutos, denunciando um “ataque terrorista” contra a União Europeia. O Kremlin admite que se possa tratar de uma sabotagem.

Para já, as autoridades de ambos os países estão a pedir aos navios que evitem aquela área, pelo menos enquanto decorrer a investigação para apurar a causa das fugas de gás. A Autoridade Marítima da Suécia pediu ainda aos aviões que mantenham uma “altitude de segurança” de mil metros à passagem por aquela zona.

A empresa que gere a infraestrutura confirmou “quebras de pressão” no Nord Stream 1 após as deficiências verificadas no Nord Stream 2, bloqueado após a invasão russa da Ucrânia.

Num comunicado citado pela agência Reuters, a Nord Stream AG, com sede na Suíça, referiu que três linhas do gasoduto que passa no Mar Báltico tiveram danos “sem precedentes” num dia.

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