A NASA escolheu a empresa Aerojet Rocketdyne para um contrato de 67 milhões de dólares que deverá resultar no desenvolvimento de um avançado sistema de Propulsão Eléctrica Solar (SEP) para as futuras missões ao espaço profundo.
A agência espacial norte americana trabalha na tecnologia SEP desde 1950 e já utilizou esta tecnologia, na sonda Dawn por exemplo, que está actualmente em órbita do planeta Ceres.
Poderá esta ser a forma de viajar no espaço, no futuro?
A NASA tem uma grande experiência no que toca à propulsão eléctrica solar. Desta tecnologia não resultam motores poderosos, resultam sim motores que fornecem impulso para deslocações muito longas. Contudo, ao que parece, a agência quer agora dobrar a potência deste sistema e tornar o mesmo super eficiente.
A ideia é tornar esta tecnologia mais poderosa, conseguindo o dobro do impulso actual mas 10 vezes mais eficiente que os motores químicos, ambos grandes opções para a exploração no espaço profundo. Nesse sentido, a NASA atribuiu um contrato de 3 anos, no valor de 67 milhões de dólares, à empresa Aerojet Rocketdyne.
Enquanto não há mais informações mais consistentes da tecnologia no seu principal foco, num press release, a NASA declarou que este sistema de propulsão poderá ser usado também em missões de robôs a um asteróide e noutras missões relacionadas com o programa Journey to Mars.
Qual é mais eficaz, a propulsão solar ou química?
Se a propulsão com recurso à energia solar for comparada com a propulsão química (o tipo de propulsão que os foguetes usam para escapar da gravidade da Terra para atingir a órbita), a SEP tem menor pressão, mas é mais eficiente em termos energéticos e pode fornecer impulso por longos períodos de tempo. Por estas razões, a tecnologia de propulsão eléctrica solar funciona bem no vácuo espacial, especialmente em sondas com missões de tempo de vida longos.
O motor SEP fornece o impulso convertendo a energia solar em energia eléctrica, usando essa energia para acelerar o propulsor ionizado a velocidades extremamente altas. O brilho azul icónico de um propulsor eléctrico solar deriva dos fotões libertados pelos iões quando estes vão perdendo energia ao deixar o motor.
Além deste contrato de propulsão elétrica, a Aerojet Rocketdyne é responsável também pela propulsão química – os motores RS-25 – para o Sistema de Lançamento Espacial da NASA, o foguete projectado para ser usado em missões relacionadas com a viagem da NASA a Marte.