A gigante das pesquisas assim como outras empresas têm vindo a pagar multas elevadíssimas por causa de conteúdos. A multa mais recente foi aplicada pela Rússia ao Google, por não remover conteúdo “proibido”.
Este é um sinal da crescente pressão de Moscovo contra as grandes empresas digitais.
Multa da Google à Rússia sem precedentes em termos de valor!
Nos últimos anos, as autoridades russas têm apertado o controlo sobre o funcionamento da Internet – procurando criar limitações no espaço virtual, que tem servido de palco para as vozes críticas do Kremlin – através de sanções às grandes empresas digitais, especialmente estrangeiras, por não apagarem conteúdo considerado ilegal.
De acordo com a Lusa, a multa de 7,2 mil milhões de rublos (cerca de 87 milhões de euros) aplicada hoje à Google é uma penalização sem precedentes, em termos de valor.
A assessoria de imprensa do departamento de Justiça de Moscovo já informou que a empresa californiana foi condenada por ser reincidente, já que manteve nas suas plataformas conteúdos considerados ilegais. Tudo isto apesar de avisos prévios.
A multa pode ser seguida por uma outra sanção contra a Meta (empresa que controla a rede social Facebook), que foi julgada pelo mesmo tribunal de Moscovo.
De relembrar que em outubro, a agência russa reguladora das telecomunicações, Roskomnadzor, ameaçou a Meta de multas de entre 5% e 10% da faturação anual da sua subsidiária na Rússia, o que poderá atingir várias centenas de milhões de euros.
As autoridades moscovitas ameaçaram também deter funcionários da Apple e da Google na Rússia, se estes não cooperarem com as investigações
As autoridades russas também estão a desenvolver um polémico sistema de “Internet soberana” que, em última instância, permitirá que a Internet russa possa ser isolada, separando-a dos principais servidores globais.
Em janeiro de 2021, o Presidente russo, Vladimir Putin, considerou que as grandes empresas da Internet estão em concorrência efetiva com o Estado, denunciando as suas “tentativas de controlar severamente a sociedade”.