O desenvolvimento que os browsers têm tido nos últimos meses começam a ultrapassar a simples actualização para as novas tecnologias e funcionalidades que foram surgindo. Existe um movimento que pretende mudar a forma como os browsers se apresentam e interagem com os utilizadores. Temos de concordar que a velha formula de aceder a um endereço e daí consumirmos os conteúdos está ultrapassada.
Hoje em dia andamos a saltar de site em site e a ver onde cada um nos leva e para que caminho nos aponta. Praticamente deixamos de aceder sempre aos mesmos endereços e passamos a navegar em função do assunto que queremos. A Google viu este caminho e começou a trilha-lo. Agora segue-a a Mozilla e de uma forma cada vez mais firme.
Ainda no passado fim de semana vos apresentámos a extensão LessChrome HD para Firefox que permitia que a barra de endereço deste browser fosse escondida. Era o início de um processo evolutivo para o Firefox que muito provávelmente irá terminar com uma interface completamente diferente e que privilegiará uma forma diferente de navegar na Internet.
Na verdade e se pensarem bem, tirando alguns sites que tenham por hábito visitar, todas as vossas navegações começam num motor de pesquisa e são orientadas ao assunto e não ao endereço. Esta mudança tem cada vez mais adesão e é, provavelmente, a forma mais correcta de se navegar na Internet hoje em dia.
Algum dos trabalho que vem sendo desenvolvido aponta para a certeza da remoção da barra de endereço nas WebApps que vão ser disponibilizadas para o Firefox. Nestas situações, e porque o acesso é feito de forma controlada e sem necessidade de ser alterado, a presença da barra é completamente desnecessária. Podem acompanhar o evoluir deste trabalho aqui.
O reforçar da ideia e da posição a Mozilla foi feito através de um artigo publicado no blog da Mozilla por um autor convidado, e onde é apresentada a sua opinião sobre o que poderá vir a ser a interface do Firefox.
Partindo de uma folha branca, David Regev, mostra a sua ideia de como a interface de utilização do Firefox poderia fazer uso de funcionalidades já amplamente exploradas em experiências anteriores (o Ubiquity é uma delas) e manter uma interface minimalista.
Uma das suas ideias mais fortes é sem dúvida a remoção da barra de endereço. Refere o espaço que ocupa de forma desnecessária e a coloca em causa a sua utilidade.
The location bar has to go. It has many problems. For one, it’s always visible and constantly takes up a large amount of space. Secondly, it’s hard to read, since people don’t really understand URLs. Moreover, it’s modal: it has a mode for displaying the current page’s location and a mode for entering your next destination. It’s not always immediately obvious which mode you’re in and what the current text is indicating, and switching modes is not easy either. Finally, the destination-entering mode is merely an example of running one command, and we already have a better interface for running commands: Ubiquity.
We need to separate the location bar’s two modes and remove the location bar as we know it.
A ideia que fica é que esta deveria ser substituída por algo mais intuitivo e que não apresente os problemas actuais. OUbiquity é referido como o caminho a seguir, se bem que adaptado e com outras funcionalidades.
O artigo evolui com a apresentação de muitas outras ideias que tornariam a interface do Firefox mais simples de usar e ainda mais intuitiva.
É certo que este artigo apenas mostra a ideia que este autor tem e não vincula a Mozilla, mas o facto de ter sido publicado no blog oficial mostra que muito provavelmente andam ideias no ar para esta alteração e que pelo menos a discussão está lançada.
Pode ser que as futuras versões do Firefox comecem a fazer a aproximação a estas ideias e que a interface evolua para algo mais adaptado às necessidades dos utilizadores.
O futuro dos browsers está a ser traçado agora. Podemos estar a assistir ao definir de muitas e boas novidades neste campo. Esperemos para ver o que a concorrência tem para a apresentar.
A questão da barra de endereço, ao estar apoiada por dois gigantes, parece estar praticamente resolvida. Resta apenas saber em que moldes e para quando a apresentação das versões definitivas.
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