O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte, Jens Stoltenberg, disse hoje que a explosão que matou duas pessoas na Polónia “foi provavelmente causada” por um míssil ucraniano, mas ressalvou que “não é culpa da Ucrânia”.
Jens Stoltenberg referiu ainda que “está em curso uma investigação sobre este incidente”.
Míssil caído na Polónia: A Rússia tem a responsabilidade última
Ontem surgiu a notícia que um míssil Russo teria atingido a Polónia. A NATO ficou em alerta máximo e foram já desencadeadas várias investigações. De acordo com as notícias mais recentes, o míssil que caiu na Polónia é “aparentemente” da Ucrânia.
Numa conferência de imprensa em Bruxelas após ter presidido a uma reunião do Conselho do Atlântico Norte para discutir a explosão de terça-feira na Polónia, perto da fronteira com a Ucrânia, o líder da Aliança Atlântica vincou: “A Rússia tem a responsabilidade última, uma vez que continua a sua guerra ilegal contra a Ucrânia”.
De acordo com Jens Stoltenberg, “está em curso uma investigação sobre este incidente”, mas, até ao momento, não há “qualquer indicação de que este tenha sido o resultado de um ataque deliberado”.
“E não temos qualquer indicação de que a Rússia esteja a preparar ações militares ofensivas contra a NATO”, adiantou o secretário-geral da organização.
Fotos publicadas nos meios de comunicação social mostraram um veículo agrícola danificado junto a uma grande cratera e, de acordo com a imprensa polaca, as duas vítimas mortais eram trabalhadores agrícolas.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse hoje que havia informações preliminares que punham em causa que o míssil tivesse sido disparado a partir da Rússia.
A guerra na Ucrânia foi desencadeada pela Rússia em 24 de fevereiro deste ano, quando invadiu o país vizinho.
O conflito mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).