A Microsoft tem um vasto leque de valências e as suas ligações tentaculares permitem que a qualquer momento possa surpreender o mercado. Para fazer jus a essa sua vantagem, a gigante do software acaba de revelar um novo telefone Nokia.
Sim, a Microsoft ainda faz telefones Nokia.
Num anúncio surpresa feito esta manhã, a Microsoft revelou o seu mais recente dispositivo, o novo Nokia 216. Numa altura em que em cima da mesa correm planos para vender o seu negócio de telefones à empresa FIH Mobile, pelo valor de 350 milhões de dólares, companhia subsidiária da Foxconn, a Microsoft ainda está a trabalhar em novos telefones Nokia.
O novo Nokia 216 é um dos telefones mais básicos que a Microsoft fabrica e estará disponível na Índia já no próximo mês a um preço de 37 dólares, cerca de 33 euros.
Este dispositivo vem com um ecrã QVGA de 2,4 polegadas, com câmaras de 0,3 megapixels na parte da frente e de trás. Está equipado com o sistema operativo Série 30 e traz como navegador o Opera mini. Dentro da caixa ainda existem uns auscultadores com jack 3.5 mm!
Mas estes telemóveis não estão já em fim de vida?
Claramente que não e a Microsoft sabe que o mercado Indiano, por exemplo, tem um potencial elevado neste segmento. A Microsoft aposta no fabrico desta linha e ainda vende milhões todos os meses.
O que tem gerado alguma controvérsia é a intenção da empresa “acabar” com os smartphones Lumia e não propriamente o facto de potenciar o mercado para arrastar utilizadores para dentro do seu ecossistema, levando assim os utilizadores a criar uma conta Microsoft.
Algum rumores dão conta dos planos da Microsoft para lançar já no próximo ano um smartphone com a marca Surface. Nesta altura, com os Lumia e com os vários smartphones equipados com Windows Phone e Windows 10 Mobile a perder mercado, a empresa viu-se obrigada a reestruturar o departamento mobile.
A aposta parece estar a ser menor neste segmento o que tem deixado a empresa menos preponderante no comércio dos dispositivos móveis, o que por sua vez também acentua a necessidade de despedir funcionários. Com a aquisição desta área de negócio, por 7.6 mil milhões, era já esperado que a empresa reduzisse o número de trabalhadores mas agora acentua-se essa necessidade.