As exigências da Comissão Europeia começam agora a produzir efeito: a Microsoft anunciou, ontem, que vai abrir os códigos-fonte das suas aplicações à concorrência.
Segundo a Exame Informática, esta iniciativa, que vem no seguimento de um longo diferendo judicial com a Comissão Europeia (e uma multa de 497 milhões de euros), tem em vista evitar outros percalços com autoridades americanas e asiáticas, onde já se começam ouvir algumas vozes acusatórias contra o domínio da Microsoft nos sistemas operativos e afins.
Ao fornecer informação detalhada dos códigos-fonte, a Microsoft elimina uma das principais barreiras ao desenvolvimento de programas compatíveis com Windows, Office ou MSN por parte da concorrência.
No caso do Windows, vai ser fornecida informação detalhada que compreende mais de 30 mil páginas. No passado, esta informação apenas era disponibilizada mediante um acordo quase secreto entre Microsoft e outras produtoras de software, informa a Reuters.
A Microsoft referiu ainda, através do administrador Steve Ballmer, em conferência telefónica com os jornalistas de todo o mundo, que vai levar a cabo outras medidas similares, a fim de cumprir algumas das exigências a da UE.
As alterações foram anunciadas ontem e, no mesmo dia, a Microsoft descobriu que, apesar de estar decidida em proceder a uma viragem na forma como faz negócios, a Comissão Europeia ainda não está satisfeita.
Segundo o executivo europeu, a principal problemática ainda não está resolvida, pois as aplicações da Microsoft continuam a manter grandes relações de interdependência que inviabilizam a entrada de software concorrente.