Este será já o quinto ano que se testa a viabilidade dos alunos terem manuais escolares. Segundo o Governo, neste período não houve uma avaliação no impacto do processo aprendizagem dos alunos. Assim, o Governo vai suspender o alargamento a mais turmas.
Revela o jornal Publico que Governo quer avaliar impacto dos manuais digitais e nesse sentido vai suspender o alargamento a mais turmas do 1.º ciclo e secundário. De referir que durante estes cinco anos foram envolvidos cerca de 24 mil alunos a partir do 3.º ano em 103 escolas.
A tutela vai agora solicitar um estudo de avaliação de impacto que poderá ditar a continuidade (ou não) do projeto a partir de 2025/2026. Em resposta à agência Lusa, o Governo diz que irão manter-se os moldes para os alunos do 2.º e 3.º ciclos, com a possibilidade de novas turmas aderirem aos manuais digitais, mas não serão integradas novas turmas do 1.º ciclo e do ensino secundário.
Para a presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), Mariana Carvalho, “Os manuais digitais poderiam ser uma alternativa caso o planeamento fosse um bocadinho diferente e se tivéssemos infraestruturas para ter uma boa implementação”.
Além da internet, nas salas de aula também não há tomadas para carregamento de equipamentos e nem todos os equipamentos podem ter capacidade para os conteúdos digitais ou que estes sejam descarregados para serem consultados offline.
“Há vantagens, mas como não temos infraestrutura, não conseguimos apoiar a 100% a transição digital neste caso específico”, concluiu a presidente da Confap.