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Linux e o medo do Windows 7

É uma verdade inabalável que as últimas versões do Windows estão mais exigentes em termos de recursos de hardware. Quando falo em últimas, estou a referir-me apenas a versões finais.

Não é menos verdade que em geral as distros Linux, por vários motivos, apresentam-se menos exigentes e mais céleres em termos médios no desempenho das funções equiparadas nos dois ambientes.

E agora com o Windows 7? Desde a saída da versão pré-beta do Windows 7, que o rumor e o zumbido faz prever algo extraordinário, vindo da empresa de Redmond… será um Windows leve?

Começamos por ler Preston Gralla, da Computerworld, EUA. Este afirma que o Linux a partir de agora terá de se cuidar, de se precaver para não perder o espaço que conquistou dentro da utilização dos portáteis.

É uma realidade que nos últimos anos esta plataforma cresceu na preferência dos utilizadores de PC’s mas o maior ganho foi sentido e notado na “ocupação” dos portáteis. Isso deveu-se em parte à limitada memória RAM e ao menor poder de processamento destas máquinas.

Mas o que se vislumbra no Windows 7 é que aparentemente – este novo Windows- tem um excelente desempenho quando utilizado em hardware de menor qualidade e capacidade, já com algum tempo de existência. Podemos logo por aqui estar a falar no temido Linux killer criado finalmente pela Microsoft!

Já não é a primeira vez que tenho essa percepção, quando leio o que os responsáveis da Microsoft acham do actual estado de graça do Linux. As recentes campanhas de preços baixos do Windows XP e o descontracção com que falam do “frente-a-frente”, não deixam dúvidas que algo está/estaria para mudar.

Se se lembram, na ocasião da apresentação do Windows 7 alfa, o vice-presidente para assuntos Windows e Windows Live, Steve Sinofsky, garantiu que o Windows 7 usa menos de metade do 1 GB de RAM que o seu portátil Lenovo S10 possui.

Depois do Vista havia uma clara necessidade e intenção de desenvolver um novo sistema operativo que fosse mais leve e dinâmico, Preston Gralla refere isso para justificar o perder de quota de mercado os portáteis, por parte da plataforma Linux.

A Microsoft irá pressionar – como sempre o fez – os fabricantes a adoptar o Windows 7 como sistema operativo para as suas linhas de portáteis e desktops e não será nada surpreendente se desta vez a Microsoft lançar uma versão do Windows 7, especificamente para portáteis, esta versão exigiria um menor esforço no processamento e na utilização da memória RAM.

Além desta estratégia, outros problemas condicionam o crescimento da plataforma Linux nos portáteis, por exemplo no fabricante MSI, a taxa de devoluções de computador com Linux foi quatro vezes superior que nas máquinas equipadas com o Windows XP.

Quando questionados os utilizadores disseram que acham o Linux difícil e complexo de utilizar, embora o que as atraiu fosse logo no início o preço mais baixo do portátil com Linux, desconhecendo o que os esperava.

A relutância e falta de empenho em aprender algo novo, assim como a informação que ainda é escassa em relação ao material Windows existente levam a uma maior resistência à adopção do Linux, remata o blogger. .

. Uma das empresas que mais cresceu na última década, no segmento dos portáteis foi a ASUS e esta, pela voz do seu CEO, Jerry Shen, já afirmou que pretende lançar um portátil de baixo preço com Windows 7 em meados de 2009. Certo do futuro, ninguém está, no entanto a tendência conhece agora um factor que a levará certamente a tomar um rumo diferente. Cá ficaremos atentos, pois é um tema que o mundo seguirá em primeiro plano.
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