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Linux domina lista do top 500 de supercomputadores

O Linux começou desde a sua infância a ser adoptado para substituir os poderosos e proprietários sistemas UNIX que custavam uma fortuna. Contudo a evolução ao nível do suporte para inúmeras arquitecturas de processamento, conduziram a que hoje o Linux seja um colosso difícil de bater no mercado de servidores.

A publicação da lista do top 500 de super computadores vem provar esta mesma premissa. O sistema operativo do pinguim numa sua vertente não específica (isto é versões personalizadas que nada têm de comum com distribuições de Linux), contabiliza nesta lista 77,40% de share o que equivale a 387 dos 500 computadores.

Existem na lista ainda variantes do Unix proprietário que conseguiram resistir ao tempo. Referimos-nos por exemplo ao OpenSolaris (versão open source descendente da popular variante de Unix Solaris, propriedade da Sun) e AIX uma variante de Unix proprietária da autoria da IBM.

Neste top, claramente assistimos a uma inversão de papeis do que se passa no mercado de computadores pessoais, a Microsoft encontra-se representada modestamente pelo seu Windows HPC 2008 com apenas 5 máquinas.

A subida avassaladora do Linux neste mercado é acompanhada pela Intel no top 500 de super máquinas. Antes da revolução protagonizada pelo Linux ao nível de servidores, havia uma multiplicidade de arquitecturas a concorrer pelo mercado de servidores.

É por isso interessante salientar que, comparando a multiplicidade de arquitecturas que havia em 1997 com os dados actuais de 2009, se verifica efectivamente uma alteração no ecossistema dos supercomputadores como demonstramos no seguinte gráfico.

A dupla Intel EM64T + Linux tem sido a receita do sucesso, trazendo simultaneamente bastante lucro e poupança de recursos financeiros às empresas devido à liberdade e baixos custos associados a um sistema GNU/Linux.

Talvez seja por esta razão que a empresa multinacional de fabrico de semi-condutores, esteja a jogar em duas frentes actualmente no mercado de computadores domésticos.

Por um lado a Intel é um parceiro de longa data da empresa de Redmond, por outro é actualmente uma das principais empresas impulsionadoras do Linux no desktop.

O projecto Moblin (baseado em linux), a disponibilização de drivers open source das suas placas gráficas / wireless e o recente acordo com a Nokia que tudo indica irá levar à criação de um dispositivo móvel baseado no Moblin, são sinais do grande potencial que a Intel vê no Linux para a conquista de quota de mercado doméstico.

Será a Intel o gigante que o Linux precisava para começar a se consolidar como um sistema operativo capaz de atingir as “massas”? OSNews

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