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Investigadores de Stanford enviaram SMS usando químicos

A vida de hoje obriga-nos a olhar muitas vezes para o smartphone para verificar se temos mensagens por ler. Esta forma de comunicar, que assenta basicamente em mensagens de texto, está fortemente ligada aos nossos hábitos, à forma como produzimos e à sociedade onde gravitamos. A vida sem as mensagens parece ser já impossível.

Os serviços que permitem enviar e receber mensagens de texto assentam em redes de dados que funcionam com as mais diversas tecnologias. Mas e se no caso de não existir um rede de dados “convencional” houvesse um método alternativo para envio dessas mensagens?

Não estamos, claramente, a falar nas velhas e tradicionais cartas de papel, nem muito menos estamos a falar em sinais de fumo, nada disso, é algo muito mais avançado mas, de certa forma, menos complexo, dada a tecnologia actual.

O método alternativo poderá ser através de químicos. Na verdade, esta forma de comunicar, de transferir mensagens está em estudo na Universidade de Stanford, onde recentemente os cientistas de uma equipa de investigação debruçada neste método, conseguiu alcançar resultados com sucesso recentemente.

 

Químicos onde a electricidade não funciona

A equipa de investigação conseguiu usar produtos químicos como unidade base da comunicação, onde tradicionalmente entrava a eletricidade. Assim, foram capazes de enviar uma mensagem de texto recorrendo unicamente à capacidade de informação contida nos tais elementos químicos utilizados.

 

Mas e como funciona?

Os sinais elétricos trabalhar em números binários (0 e 1). No método químico de comunicação, os números binários são substituídos por impulsos de vinagre (ácidos) e soluções de limpa-vidros (álcalis) em tubos de plástico. Um computador convencional é usado para converter as instruções do investigador num formato químico que é então lido pelo sensor de pH, o que, em seguida, converte os impulsos do líquido em códigos binários novamente.

 

Poderá ser aplicado onde a rede eléctrica é impossível

Como mencionado anteriormente, somos uma geração de pessoas fortemente dependentes de mensagens de texto para a comunicação e que essas mensagens de texto só são possíveis graças a uma rede eléctrica.

Por um lado, este modo químico de comunicação pode vir a ser útil quando as redes eléctricas estão desligados e não funcionam. Assim, as pessoas serão capazes de enviar uma mensagem de texto fora da rede. Estas mensagens podem também ser utilizadas onde, pelo facto dos sistemas electromagnéticos tradicionais terem dificuldade em comunicar, por exemplo, debaixo de água ou em locais alinhados com metais pesados.

Sinais químicos são depois convertidos em código binário

Na medicina, esta poderia ser útil porque alguns sinais de alta frequência podem ser extremamente prejudiciais para o corpo e isto pode vir a ser uma alternativa salutar. Também em sítios onde os profissionais de saúde têm de diagnosticar os problemas a um paciente mas não há rede eléctrica, desta forma poderá haver comunicação para dispositivos que possam utilizar este métodos para fazer chegar mensagens da sua actividade.

Na verdade, como refere Andrea Goldsmith, professora de engenharia eléctrica em Stanford, este é um método que parece ficção científica.

Quais são todas as formas excitantes de comunicação, capazes de usar isto como forma de comunicação, que são hoje impossíveis? Isto é o que eu gostaria que alguém pensasse.

Via: Stanford

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