…em horário laboral nas empresas! O Internet Explorer tornou-se ao longo dos anos, na porta para o mundo, ao qual muitos lhe chamaram “a Internet”. Para os mais exigentes o IE6 tornou-se no mais odiado dos browsers por ser fonte de propagação de malware (até funeral já lhe fizeram). Mas independentemente do sentimento, este tornou-se numa ferramenta de trabalho, no fiel transporte para o inimaginável mundo novo.
Isto porque na verdade, são ainda muitas as empresas que não deixam morrer este browser já descontinuado pela Microsoft.
Desde especialistas na área de segurança até à própria Microsoft, todos têm promovido juntos dos departamentos de informática a actualização/migração para as mais recentes versões do Internet Explorer.
A realidade é completamente diferente e foi colocada a nu a verdade que inconscientemente todos sabíamos.
Segundo a empresa online de publicidade Chitika, que conduziu um estudo detalhado sobre a utilização dos principais navegadores da Internet por hora (estudo representativo da quota de mercado de browsers actualizado hora a hora), o IE6 aparece em quarto lugar, com 13% de utilização diária dentro do horário laboral.
Os dados indicam que este navegador, é usado entre as 5 da manhã até ás 2 da tarde no horário tipicamente de trabalho, mantendo a referida percentagem. Depois destas horas, a utilização do browser desce de uma forma progressiva até atingir os 6% em todo o tráfego Web.
Um dado curioso é que no tempo extra laboral, os browsers da nova geração como o Chrome, Firefox e Safari (bem como o próprio IE8) crescem, atingindo uma percentagem bastante significativa do que conseguem comparativamente em horário de expediente.
Os sinais demonstrados relativamente à utilização empresarial/institucional do IE6, são comprovados com a distribuição de utilização dos browsers ao fim de semana. No final do dia de sexta-feira até domingo à noite, o IE6, perde quase metade da sua quota de mercado para o Firefox e para o IE8, o que não deixa de ser explicável no contexto referido, já que uma boa parte das organizações suspendem as suas actividades.
Alden DoRosario, CTO da Chitika, resume numa frase estes dados estatísticos, num tom algo sarcástico.
“É como se cada indivíduo, que é utilizador da internet, tivesse mais conhecimentos de informática em casa do que no seu trabalho.”
O CTO da Chitika deixa uma clara mensagem aos responsáveis pelas infra-estruturas informáticas das empresas.
“É inconcebível pensar que os responsáveis pela segurança nas empresas permitam que os colaboradores dessa mesma empresa navegam na Web no IE6 existente nas máquinas da empresa. Em contraste, estes colaboradores quando chegam às suas casas utilizam navegadores mais seguros”.
Há claramente aqui sinais de uma displicência, mas que parte não dos utilizadores, pois estes conhecem já várias alternativas seguras, para navegar na Internet.
Devido ao cenário apresentado nestes dados, apenas podemos concluir que muitos dos cyber ataques a ambientes empresarias, poderiam ser evitados se os gestores do parque informático tivessem uma maior preocupação com a segurança dos browsers instalados.
Este estudo revela dados preocupantes, certamente não muito abonatórios em relação aos técnicos de informática das organizações, que por má preparação, desleixo ou reféns de tecnologias legadas, não deixam cair por terra um browser incapaz de responder às exigências de uma navegação segura no panorama actual.