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Internet – Acesso no telemóvel ultrapassa PC em 2013

Um terço dos consumidores opta pelo smartphone se tiver de escolher entre PC e telemóvel, revela estudo. Cada consumidor usa a net no telefone 37 minutos por dia.

O telemóvel será o principal meio de acesso à Internet dentro de dois anos, quando 1,82 mil milhões de smartphones estiverem a ser usados em todo o mundo. A conclusão é da consultora Initiative e consta do mais recente estudo “Unlocking the Power of Mobile”, realizado entre 8 mil consumidores de oito países – Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Suécia, Austrália, Coreia do Sul, China e Índia. Estes países foram escolhidos de forma a representar os diferentes estágios de maturação dos consumidores de computadores e telemóveis.

Um dos resultados mais interessantes é o facto de na Índia 49% dos consumidores – e 69% dentro do segmento “inovadores” (os utilizadores tecnicamente mais avançados) – terem respondido que ficariam só com o smartphone se lhes fosse dado a escolher entre telemóvel e computador. No resto do mundo, um terço dos utilizadores respondeu a mesma coisa. “Este é um surpreendente elevado número de pessoas que optam pelos smartphones, tendo em conta que esta é uma forma relativamente recente de aceder à Internet“, comenta Sue Moseley, directora internacional da área de investigação e futuro da Initiative.

Além disso, 65% dos consumidores acedem à net no telemóvel durante 37 minutos por dia, o que indica uma rápida habituação a este tipo de acesso – que só começou a ser relevante em 2007. Neste momento, as funções de acesso à Internet e dados já ultrapassa largamente as chamadas de voz no uso de telemóveis: 49% de dados contra 37% de telefonemas. “Isto mostra que os telemóveis estão a ser reconhecidos por aquilo que são: poderosos computadores de mão que também fazem chamadas”, diz o relatório final da Initiative.

Por outro lado, o estudo desfaz o mito de que a Internet móvel é mais usada por consumidores jovens ou profissionais que andam de um lado para o outro: em todos os países, à excepção da Índia, a faixa etária predominante é a dos 25 aos 34 anos e não a dos adolescentes, e mais de metade dos consumidores usa o smartphone em primeiro lugar por motivos pessoais. Já 60% da utilização acontece dentro de casa, percentagem já elevada.

No entanto, “a Internet móvel não está a ser usada à custa de qualquer outro meio“, afirma a Initiative. Quase 80% dos consumidores revelou que esta é uma actividade adicional, não substitutiva, que combina “a ocupação de tempos mortos com a execução de tarefas múltiplas”. Exemplo? Usar a net enquanto vai a caminho do trabalho, vê televisão ou espera pela aula do ginásio. Em 24% dos casos, o smartphone até aumentou a utilização da net no PC, já que há várias tarefas que exigem dupla utilização (construir listas de música, descarregar aplicações mais pesadas…).

O tipo de serviço a que os utilizadores acedem depende do país, da cultura e da banda larga disponível. Na Coreia do Sul, por exemplo, predomina a utilização de aplicações de produtividade, devido à valorização cultural do trabalho. Nos Estados Unidos, o email é a principal função do smartphone. Na China, a esmagadora maioria prefere os jogos. A Initiative nota que, quanto mais maduros são os mercados, maior a propensão para actividades sociais nos smartphones, como o acesso a redes tipo Facebook. E o uso do smartphone como meio de pagamento está mesmo ao virar da esquina: 32% dos consumidores norte–americanos já começaram a fazê-lo. IOnline

Acha que este será um cenário que vai acontecer, ou um smartphone nunca terá a capacidade de substitui um PC no acesso a Internet?

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