Elon Musk é o principal rosto de muita de tecnologia revolucionária que está a surgir no mundo. Um visionário para muitos, um louco para tantos outros. A Inteligência Artificial é uma das áreas onde tem vindo a investir e uma das empresas relacionadas é a OpenAI.
Agora, investigadores da OpenAI e criadores de um sistema revolucionário de Inteligência Artificial capaz de escrever reportagens e trabalhos de ficção – apelidados de “deepfakes for text” – deram o passo incomum. As suas pesquisas relacionadas com este trabalho não serão divulgadas por medo de um possível uso indevido.
A OpenAI financiada por Elon Musk
OpenAI é uma instituição sem fins lucrativos de investigação na área da Inteligência Artificial (IA), associada ao magnata Elon Musk. Esta empresa tem como objetivo promover e desenvolver IA amigável, de forma a beneficiar a humanidade como um todo.
A organização tem como ambição abraçar a colaboração livre com outras instituições e investigadores. Para tal, torna as suas patentes de investigação abertas ao público.
Deepfakes for text – A AI que assusta os próprios criadores
Uma das investigações levadas a cabo pela OpenAI é de tal forma bem feita que está a assustar os próprios criadores. Segundo se pode ler no site da OpenAI, a empresa tem desenvolvido um modelo de Inteligência Artificial, apelidado de GPT-2 (sucessor do GPT). O GPT-2 é capaz de escrever texto prevendo as próximas frases, analisando 40 GB de texto existente na Internet.
No entanto, há um risco enorme de utilização indevida, dada a potencialidade do sistema. Como tal, não será divulgado ao público em geral. A empresa está, contudo, a divulgar um modelo mais limitado para que os investigadores o possam testar.
GPT-2 a ultrapassar os limites esperados
É importante salientar que, segundo afirma a empresa, o modelo de escrita GPT-2, baseado em Inteligência Artificial está a ir mais longe do que os investigadores esperavam inicialmente. Está a ultrapassar limites.
Quando usado para simplesmente gerar um novo texto, o GPT2 é capaz de escrever passagens plausíveis que correspondam ao que é dado em estilo e assunto. Além disso, raramente o sistema demonstrou particularidades comuns de outros sistemas do género já em desenvolvimento. Isto é, esquecer o que está a ser escrito no meio de um parágrafo ou desconfigurar a sintaxe de frases longas.
Em ação
O The Guardian apresenta um pequeno vídeo no seu site onde é visível a Inteligência Artificial do GPT-2 em ação. No vídeo seguinte, consegue ver-se uma notícia convincente escrita pelo sistema.
Bastou dar o mote do tema que as palavras começaram a ser “debitadas” com citações e menções muito realistas.
O sistema foi de tal forma bem “ensinado” que a forma como escreve vai além daquilo que os investigadores pretendiam. De referir que os vários sistemas de AI criados especificamente para escrever notícias/textos, não o conseguem ainda fazer de uma forma tão inteligente e eficaz. Daí as preocupações levantadas pelos seus criadores.