Benjamim Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, avisou recentemente que a Guerra na Faixa de Gaza será um combate – “longo e difícil” por “terra, ar e mar”. A maioria das comunicações foi bloqueada na faixa de Gaza e tal cenário aumenta o “risco de encobrir atrocidades”. Guterres condena “escalada sem precedentes” em Gaza e quer “cessar-fogo humanitário”
Amnistia Internacional diz ter perdido contacto com os seus membros em Gaza
Segundo a organização Human Rights Watch (HRW), o bloqueio quase total às telecomunicações em Gaza cria um perigo acrescido de encobrimento de “atrocidades maciças”, tal como referimos aqui.
A Anistia Internacional (AI), movimento global com mais de 10 milhões de pessoas, que mobiliza a humanidade em defesa de direitos humanos, referiu ter já perdido o contacto com os seus elementos. Além da AI, a OCHA, entre outras entidades das Nações Unidas, perderam contacto com as suas equipas em Gaza.
Segundo responsáveis da AI…
Este corte das comunicações significa que será ainda mais difícil obter informações e provas essenciais sobre as violações de direitos humanos e os crimes de guerra cometidos contra civis palestinos em Gaza e ouvir diretamente aqueles que sofreram as violações
O NetBlock, um serviço de monitorização da internet, revelou um “colapso da conectividade na Faixa de Gaza”.
Lynn Hastings, coordenadora da OCHA, revelou em comunicado que as operações humanitárias e os hospitais “não podem continuar sem comunicação”.
Após ter estado com as famílias das pessoas raptadas pelo Hamas, Netanyahu prometeu “todos os esforços” para recuperar os raptados e enquadrou as ações do Hamas como um “crime contra a Humanidade”, repetindo o pedido aos cidadãos de Gaza para que sigam para o sul do território de forma a garantir a sua segurança.
O ministro da Defesa de Israel disse este sábado que “o solo tremeu em Gaza” e que a guerra contra os líderes do enclave palestiniano, o grupo islamita Hamas, entrou numa nova etapa.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou, este sábado, a “escalada sem precedentes” nos bombardeamentos israelitas a Gaza, renovando o seu apelo a um “cessar-fogo humanitário imediato”.
A situação deve ser invertida. Reitero o meu apelo pressionando a favor de um cessar-fogo humanitário imediato, da libertação incondicional dos reféns e da distribuição de ajuda humanitária
António Guterres referiu que “Uma catástrofe humanitária desenrola-se diante dos nossos olhos”.