Nos Estados Unidos da América e pelo quinto ano consecutivo, em 2014, as emboscadas a agentes da autoridade têm sido a causa número um para a morte de polícias no cumprimento do seu dever e, ao que tudo indica, a Google pode estar realmente a contribuir para o aumento deste número. Sabe porquê?
Em 2013, a Google decidiu partir para a aquisição da Waze por cerca de 1,1 mil milhões de dólares, afirmando na altura que este serviço seria muito importante pois iria contribuir para o “bem comum” na estrada.
Pois para quem não conhece, a Waze é uma aplicação muito popular e que permite navegação GPS, permite também transmitir sobre engarrafamentos, acidentes, carros parados e também tem uma funcionalidade muito especial denominada de “Traffic Cop” que indica a localização dos agentes da autoridade. Esta tem sido uma das funcionalidades muito utilizadas!
Mas como é que isto pode colocar a vida dos agentes da autoridade em perigo?
Segundo alguma imprensa internacional, recentemente, dois agentes da autoridade da polícia de Nova Iorque, Rafael Ramos e Wenjian Liu, foram baleados à queima-roupa enquanto estavam sentados no seu carro patrulha. A investigação concluiu que o criminoso utilizou a aplicação para detectar e localizar localizar os dois agentes.
Quanto à Google, que tem como principal missão organizar a informação e torna-la acessível universalmente, está agora a comercializar uma aplicação que tem um potencial enorme na obstrução e na aplicação da lei, chegando mesmo a colocar a vida dos profissionais de segurança pública em risco, quando esta aplicação permite em tempo real dizer onde está a autoridade.
Quanto aos executivos da empresa norte-americana, até ao momento recusaram-se a fazer qualquer comentário a esta situação. Mas a questão fica no ar: deveria a Google permitir que os utilizadores tenham acesso a esta informação em tempo real?