Os veículos elétricos e autónomos estão na moda. As pessoas olham para estes veículos como a alternativa que lhes fará poupar muito dinheiro, além da vertente ecológica, mas é na poupança que está o ponto mais importante e sedutor.
Poucos são os que têm perguntado se os pneus não têm de evoluir também, visto haver agora novas expectativas e, acima de tudo, novos requisitos. A Goodyear está já a pensar nisso e sabe o caminho que tem de seguir.
Como vimos recentemente, um Tesla Model S percorreu 1078 km apenas com uma carga. O CEO da empresa que construiu este veículo referiu, num tweet, que com pneus adequados este modelo conseguiria ultrapassar os 1000 km com uma única carga.
Over 1000 km should be possible in a 100D with the right tires https://t.co/8czN3dVZE4
— Elon Musk (@elonmusk) June 21, 2017
Pois bem, se o conceito de condução está a mudar, se com os carros autónomos o condutor será cada vez mais secundário, quem irá verificar se os pneus estão em condições? Quem irá verificar o desgaste, a pressão, o estado das telas, a temperatura… todos estes aspetos que normalmente são verificados pelo condutor?
Sim, na verdade, alguns dados hoje já são captados pelos sensores do veículo, mas há muito sobre o pneu que não é tido em conta na monitorização dos sensores. É preciso muito mais da parte do próprio pneu.
As empresas fabricantes de pneumáticos estão já a trabalhar numa solução de futuro, uma nova geração de pneus. Entre elas está a Goodyear que já confirmou o desenvolvimento de uma nova geração de componentes, pensados tanto para veículos elétricos como para veículos autónomos.
No caso dos elétricos, os desafios são mais simples. Maior eficiência e também menor ruído no rolamento. Isto porque, enquanto num carro convencional o ruído do rolamento torna-se protagonista a partir dos 30 km/h, num elétrico faz isso já desde os 15 km/h, algo que representa um desafio para os designers e que se espera estar resolvido com esta nova geração.
Mas quem é que pensa nisso? Poucos são certamente os que têm estado a pensar nisso. Com a chegada do carro autónomo quem irá verificar a condição dos pneumáticos? Quem terá o cuidado de verificar a pressão e toda a inspeção que o olho humano tem o cuidado de fazer, o sentir o desgaste das telas, o perceber se há dano na borracha… é neste nível que a Goodyear quer também atuar no que toca aos autónomos. Esta é a geração do futuro os pneus.
No caso dos elétricos, como já referimos, é mais simple: há o componente humano a cuidar dos aspetos de supervisão e os requisitos de desafio são a maior eficiência e o menor ruído de rolamento. Uma nova geração de borracha, mais duradoura e que funcione como um elemento conjunto no que toca a passar informações detalhadas sobre o estado do pneu ao responsável pela supervisão deste elemento da viatura. Não só dar os valores de projeção de desgaste mas, em caso de qualquer imprevisto, passar em tempo real esse facto.
As empresas que fabricam os pneus deverão integrar um sistema em que o veículo receba toda esta informação e possa fazer a ponte até ao responsável, potenciando claramente a segurança do veículo. Isto permitirá não só diminuir a sinistralidade como também passar um conjunto de informações que ajudem a uma condução defensiva com base na análise do próprio piso.
Em resumo…
Não sendo um assunto novo é, cada vez mais, um assunto que poderá fazer toda a diferença no que toca à performance. As marcas, cada vez mais, pensam como refinar vários outros componentes que podem auxiliar a maximizar o desempenho dos seus produtos.