Depois do anúncio oficial da entrada em funcionamento do novo sistema europeu de localização por satélite, o Galileo, parece que há sérios problemas que afectam o sistema… e tudo por culpa dos relógios ultra-precisos.
De acordo com as informações, os relógios que suportam o sistema têm vindo a deixar de funcionar e ainda não se sabe o porquê.
Actualmente, a rede Galileo é constituída por 18 satélites mas, já este ano, está prevista a colocação em órbita de mais quatro satélites e, em 2018, outros quatro. O Galileo usa os mais precisos relógios atómicos – quatro em cada satélite – alguma vez usados para funções de geolocalização.
Mas, segundo as informações da European Space Agency (ESA), nos 18 satélites já em órbita, há 10 relógios que deixaram de funcionar (sendo que um já foi reiniciado e parece estar a funcionar correntemente).
Como cada satélite tem quatro relógios, sendo que dois são relógios atómicos de rubídio e os outros dois de masers de hidrogénio passivo, e nenhum deles tem mais de dois avariados, o sistema ainda se mantém em funcionamento.
A ESA ainda não sabe as causas destas paragens dos relógios mas já referiu que vai adiar a colocação dos quatro satélites que estavam previstos para Agosto.
A partir de 2018, todos os carros vendidos na Europa terão acesso à rede de satélites Galileo para navegação e chamadas de emergência. O “GPS europeu” foi um projecto lançado em 1999 pela União Europeia, mas só em 2020 estará totalmente completo. O total de investimento ronda os dez mil milhões de euros.
Via Space