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Fraude: Falsificação de cartas de condução em Portugal

A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção deteve doze homens e duas mulheres, dos quais oito examinadores e seis proprietários e funcionários de escolas de condução, pela prática de crimes de corrupção falsificação de documentos.

Este caso, contudo, tem contornos tecnológicos muito interessantes, haja criatividade e… dinheiro!!!

Até aqui o caso não seria novo, contudo, há uma nova abordagem, como relata a polícia judiciária: as práticas criminosas consistiam em fazer aprovar os candidatos em exames teóricos («Código»), com recurso à utilização de diversos equipamentos tecnológicos para registo de imagem e comunicação rádio com o objectivo de obtenção das respostas correctas.

 

Operação “Megahertz”

A Polícia Judiciária conseguiu desvendar um esquema que tinha contornos muito interessantes, dignos de um filme do James Bond. Após dois anos de investigação, as autoridades descobriram a fraude. Os alunos pagavam 5000 euros e eram preparados tecnologicamente para passar nos exames de código para obtenção de cartas de condução.

Conforme informação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC), com a colaboração da Directoria do Norte da PJ, foram detidas 14 pessoas numa operação de grande dimensão que decorreu na zona do Grande Porto, visando 20 escolas de condução.

 

Como funcionava o esquema tecnológico?

Os alunos, candidatos que se apresentavam aos testes de código, iam munidos com mini-câmaras, (provavelmente como as conhecemos em vários objectos, como óculos, anéis, canetas, etc…) que apontavam para as perguntas. Vindas de fora do edifício, com auriculares dissimulados, ouviam as respostas via rádio através dos cúmplices, que provavelmente estariam a poucos metros de distância.

Este tipo de equipamentos, como já demos a conhecer, é cada vez mais difícil de detectar, isto porque o seu tamanho tende a diminuir e a qualidade a aumentar. Depois, dado o avanço tecnológico, podem ser colocadas, as câmaras, em qualquer sítio, onde seja totalmente imperceptível a sua localização.

 

Se neste caso terão sido detectados 200 candidatos beneficiados com este esquema fraudulento, certamente que as autoridades terão suspeitas que o número deva ser muito maior.

Os detidos serão presentes a tribunal para determinação das medidas de coação. A Polícia Judiciária indica ainda que a investigação vai prosseguir com vista à continuação de recolha de prova.

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